A matéria sobre as condições precárias de saúde em Antonina, publicada na Tribuna da última quinta-feira (09), deu o que falar e até virou assunto na rádio local. O ex-prefeito, Carlos Augusto Machado, também conhecido como Canduca, contesta algumas informações dadas pelo atual secretário municipal de Saúde, Wilson Clio de Almeida Filho, que também é vice-prefeito, em relação à construção do novo hospital da cidade.

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De acordo com Machado, a emenda parlamentar no valor de R$ 2,5 milhões destinada para equipar o novo hospital de Antonina existia desde 2011, ao contrário do que afirmou o secretário de Saúde. “Conseguimos a verba de 2,5 milhões sim, para mais de 1,8 mil itens individuais, já que tudo é novo: comadre, penico, garfo, faca, raio-x, balcão, mesa, cama…”, garante o ex-prefeito, que destaca a ajuda do deputado André Zacharow (PMDB-PR), autor da emenda.

A Tribuna tentou contato com o gabinete do deputado para confirmar a proposta, mas ninguém atendeu. A emenda, no entanto, consta no site com orçamento federal, do Ministério de Planejamento, Orçamento e Gestão. Não há, no entanto, detalhes sobre a liberação do recurso.

“Mas a emenda foi mudada e passou a ser um programa de R$ 1,8 milhões, por conta de tabelamento de preços. Como o hospital é de baixa complexidade, certos equipamentos não entraram na lista. Agora, como não sou mais o prefeito, não tenho mais acesso a detalhes do trâmite, mas emenda existia sim, existe no orçamento da União. Só não tenho detalhes a respeito de janeiro de 2013 pra cá”, complementa Machado.

Empréstimo

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O pagamento do empréstimo para a construção do hospital também é contestada pelo ex-prefeito, que afirma ter utilizado R$ 600 mil de recursos próprios do município, financiando o restante dos R$ 4,5 milhões totais. “As prestações já foram pagas em 2011. Mesmo quando o hospital não estava pronto, já pagávamos o juro das parcelas. Em 2012, depois de pronto, pagamos as prestações”, afirma. O ex-prefeito ainda prevê que mais recursos devem ser repassados ao município, referente aos repasses do ICMS Ecológico, em um impasse entre Campina Grande do Sul e Bocaiuva do Sul, e que podem ser utilizados para o pagamento do novo hospital. “Não é menos de R$ 50 milhões, com certeza”, calcula.