Prevenir a infecção por germes, bactérias e vírus em hospitais não é tarefa apenas para profissionais de saúde. Com atitudes simples, como lavar bem as mãos, pacientes e visitantes também podem ajudar a impedir a proliferação de doenças em ambiente hospitalar. A orientação a todas as pessoas que frequentam os hospitais, clínicas e postos de saúde será reforçada com a proximidade do Dia Nacional de Combate à Infecção Hospitalar, celebrado nesta quarta-feira, dia 15 de maio.
Segundo a enfermeira Izelândia Veroneze, chefe do Serviço de Controle de Infecções do Hospital de Clínicas (HC), em Curitiba, ainda há resistência a algumas iniciativas básicas. “Higienizar corretamente as mãos é a principal medida para o controle de infecções. É a atitude mais simples e uma das mais difíceis de conseguir adesão dos profissionais de saúde”, afirma. Por isso, o HC lançará a Campanha de Higienização de Mãos. “Todos os dias recebemos pessoas diferentes, seja pacientes, funcionários ou residentes. O ideal é que tudo isso comece a ser ensinado na escola”, diz Izelândia.
A higienização simples das mãos, como água e sabonete líquido, é capaz de evitar a maioria das situações propícias às infecções. Inclusive nos casos das bactérias mais resistentes, como a KPC, também chamada superbactéria, devido à sua imunidade aos antibióticos.
Porém, há outras medidas importantes que devem ser tomadas por quem trabalha ou frequenta um hospital. “Internamente, existem medidas como o isolamento de pacientes infectados, limpeza e desinfecção de ambientes e treinamento contínuo. Mas os visitantes também precisam contribuir, com atitudes simples, como não sentar na cama do paciente”, explica a enfermeira.
Já para o paciente, a orientação é estar sempre atento. “Ele tem que participar, inclusive alertando os profissionais de saúde. Deve sempre se manifestar se alguém for atendê-lo sem a correta higienização das mãos. Dessa forma, ele pode ajudar muito com essa mudança de cultura, ainda necessária no Brasil”, ressalta.