?O professor é exemplo de inteligência moral. Mas se ele não mostra encanto pelo aprendizado, não conseguirá fazer com o que o aluno tenha interesse por aprender.? A afirmação é do jornalista especialista em educação, Gilberto Dimenstein, que esteve ontem em Curitiba participando do 1.º Encontro da Comunidade Escolar. O evento, promovido pelo Conselho Paranaense de Cidadania, do Sistema Federação das Indústrias do Estado do Paraná (Fiep), teve com proposta reunir diretores, professores, pedagogos, presidentes de Associações de Pais e Mestres e conselhos tutelares para discutir a evasão escolar no Estado.
Segundo Dimenstein, uma das formas de combater esse problema é desenvolver nos alunos a auto-estima e disciplina e, em seguida, conseguir despertar o senso de ?pertencimento?, ou seja, que ele se sinta parte integrante de algum processo. O jornalista apresentou diversos casos desenvolvidos em São Paulo, onde pichadores ou alunos considerados problemas foram envolvidos em ações dentro da escola e comunidade. Com isso, eles ganharam visibilidade e passaram a agir diferente. ?Quando se trabalha nos becos com arte, malabares ou rádio é possível despertar neles o prazer em fazer as coisas?, comentou.
Promotoria
A promotora de Justiça do Centro de Apoio da Criança e Adolescente, Marcela Rodrigues, defendeu a criação de uma equipe formada por pedagogos, assistentes sociais e psicólogos nas escolas, ?para que cada profissional possa atuar em projetos e na mediação de conflitos?. Segundo ela, uma lei estadual para a criação destes cargos já foi aprovada, porém ela ainda não foi implementada.
