Estimular as pessoas a fazerem a doação de medula óssea é o objetivo do evento “Doe vida em vida, doe esperança”, que será realizado no próximo sábado em frente ao Palácio Iguaçu, no Centro Cívico, em Curitiba.
No dia, o Banco de Sangue do Hospital de Clínicas (Biobanco) e a Associação Alírio Pfeiffer farão a coleta de amostras de sangue para possíveis doadores, com o apoio de 150 voluntários, das 9h às 21h.
O transplante de medula óssea é necessário para pacientes com doenças que afetam as células do sangue, como leucemia, anemia aplástica e linfoma. É o caso de Frederico Varela Vieira, de 28 anos, que teve a leucemia diagnosticada em abril. Morador de Recife, ele veio com seus pais para Curitiba no mês de maio para receber tratamento no HC e no Hospital Nossa Senhora das Graças.
Vieira é um dos milhares de brasileiros que precisam hoje de um transplante e ainda não têm medula compatível. A chance de encontrar alguém que possa fazer a doação é de 1 para 100 mil.
“Com a campanha, pretendemos desmistificar o ato de fazer o transplante de medula, porque normalmente as pessoas associam a doação como algo que não se recebe de volta, o que não é o caso da medula óssea”, disse o pai de Frederico, Edimir Vieira. O doador retoma suas atividades uma semana após a doação e em 15 dias tem sua medula recomposta pelo organismo.
“O mais importante é as pessoas saberem da simplicidade do ato e terem consciência de que podem salvar vidas. Com essa iniciativa muitos pacientes poderão ser beneficiados”, completou Vieira.
Doação
A partir da retirada de 10 mililitros de sangue, o Registro Brasileiro de Doadores de Medula Óssea (Redome) fará a tipagem da amostra de acordo com as características genéticas do possível doador e cruzará os dados com as características dos pacientes.
Quando detectada a compatibilidade, o possível doador volta a ser localizado para realizar novos exames clínicos. Durante o procedimento cirúrgico, apenas 10% da medula óssea do doador é retirada do interior dos ossos da bacia.