A deficiência no atendimento à saúde do idoso e a violência contra essas pessoas foram dois dos principais temas levantados ontem, em Curitiba, durante a VI Mobilização Paranaense sobre Envelhecimento (Move), realizado pela Conselho Estadual dos Direitos do Idoso (Cedi).

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O Move foi realizado desde o dia 27 de setembro para comemorar o Dia Internacional do Idoso. Dez por cento da população do Paraná é idosa, o que representa cerca de um milhão de pessoas.

A presidente do Cedi, Shirley Scremin, diz que ainda faltam políticas públicas voltadas para as pessoas nessa faixa etária, principalmente na área de saúde. “Temos deficiências na área de reabilitação e de prevenção de doenças. Isso não pode acontecer. É preciso mais atenção, pois a população idosa está crescendo e é cada vez mais ativa na sociedade”, comentou.

O secretário estadual de Saúde, Gilberto Martin, destacou que os idosos são tratados como adultos no sistema de saúde, quando têm diversas especificidades.

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“O idoso geralmente já está com os problemas crônicos. Temos que dar a prioridade ao idoso como as crianças foram priorizadas na década de 60, quando conseguimos reduzir a mortalidade infantil”, disse o secretário.

Uma das alternativas, segundo Shirley, é melhorar a capacitação dos cuidadores de idosos – mesmo aqueles que trabalham nos asilos. A idéia é melhorar a qualidade dos profissionais que atuam nos Centros de Referência Especializado de Assistência Social (Creas) – existem cerca de 53 no Estado. Os Creas atendem casos de violência.

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“A idéia é não apenas reestruturar os Creas, mas conscientizar as pessoas a não internar os idosos, cuidar deles em casa. Mas se tiverem que internar, que os cuidadores tenham capacitação”, comentou a assessora técnica das políticas de assistência social do Estado, Jucimeri Silveira.