A Declaração Universal dos Direitos Humanos, proclamada em 10 de dezembro de 1948, acaba de completar 60 anos. Porém, ainda são inúmeros os desrespeitos individuais e de grupos, tanto no Brasil quanto no mundo.
Ontem, o Centro de Apoio Operacional das Promotorias de Justiça dos Direitos Constitucionais (Caop DC), do Ministério Público do Paraná (MP-PR), promoveu um debate sobre o assunto durante encontro com diversas entidades que trabalham na área de defesa de direitos humanos, no evento “Centro de Apoio e Sociedade: Inclusão Social e Afirmação de Direitos”.
“Com base neste encontro, vamos fazer um planejamento das ações do centro de apoio em 2009. Trabalhamos com o recebimento de denúncias e realização de investigações que podem ou não resultar em ação criminal ou civil. Por isso, queremos estabelecer mais articulações com entidades de defesa dos direitos humanos”, diz o promotor de Justiça do CAOP, Marcos Bittencourt Fowler.
Segundo o promotor, o Brasil ainda deve trabalhar bastante em prol da igualdade. Ainda são comuns casos de discriminação, violência, abuso de autoridade e impedimento de acesso de pessoas a políticas públicas.
Entre os problemas presentes em território nacional, Fowler destaca a discriminação contra as mulheres, os negros, os homossexuais e os moradores de rua.
“Nos últimos anos, negros e mulheres tiveram diversos ganhos no que diz respeito à conquista de seus direitos. Porém, acredito que ainda há muito para ser feito para acabar com o preconceito. Os moradores de rua, por exemplo, costumam ser totalmente ignorados pela sociedade”, observa.
