Amanhã é o Dia Mundial Sem Carro, e como uma espécie de aquecimento, várias atividades vêm sendo realizadas durante a semana. Uma delas aconteceu ontem: foi o Ciclodia, organizado pelo projeto Ciclovida do Núcleo de Psicologia de Trânsito da Universidade Federal do Paraná. O tempo instável afugentou muitos participantes, e apenas cerca de cem pessoas participaram do passeio ciclístico, que saiu ainda pela manhã da frente do prédio histórico da UFPR e passou pelos campi Reitoria, Hospital de Clínicas, Agrárias no Juvevê, Jardim Botânico e terminou no Centro Politécnico, num percurso de cerca de 18 quilômetros.
Os principais objetivos do evento foram estimular o uso da bicicleta como meio de transporte e preparar para o Dia Mundial Sem Carros. Amanhã, a própria Ciclovida, junto com a ONG Bicicletada Curitiba devem promover uma marcha de bicicletas, que pretende juntar pelo menos mil ciclistas a partir das 18h. A concentração será no campus Reitoria. Os participantes puderam, ainda, fazer um piquenique no destino final do passeio, onde também houve exposição de bicicletas antigas, sorteio de brindes, shows com bandas, gincana e corridas.
De acordo com o responsável pelo projeto Ciclovida, José Carlos Belotto, a consciência das pessoas em relação ao uso da bicicleta como meio de transporte está aumentando. “São efeitos da divulgação sobre o aquecimento global.
Aumentaram as preocupações com o meio ambiente, e se viu que o excesso de carros é o grande vilão”, afirma.
Para Belotto, o uso disseminado de bicicletas é uma oportunidade de melhoria no trânsito da cidade, que, na avaliação dele, tem pouca infra-estrutura para permitir que mais pessoas utilizem esse meio. “Nossa malha de ciclovias foi feita pensando-se na bicicleta como lazer, não como meio de transporte”, diz. Outro agravante, segundo ele, é o desrespeito dos motoristas, que acabam até cometendo uma infração de trânsito sem saber: “O artigo 58 do Código de Trânsito Brasileiro diz que as bicicletas têm prioridade sobre os demais veículos”, avisa.