Um dos rituais mais marcantes da virada de ano é a queima de fogos de artifícios. Shows pirotécnicos são realizados em quase todas as cidades e muitas pessoas também aproveitam a passagem para soltar seus rojões. Por isso, é nesta época que ocorre a maior incidência de acidentes e queimaduras em conseqüência dos fogos. Só o pronto-socorro de queimados do Hospital Evangélico, em Curitiba, atendeu, entre a noite do dia 31 e a tarde de ontem, 18 pacientes que sofreram algum tipo de queimadura por uso incorreto dos artefatos.
No entanto, de acordo a equipe de enfermagem do hospital, em nenhum dos casos foi necessário o internamento. Foram todas queimaduras leves. O hospital ainda espera a chegada de novos pacientes, visto que os queimados que dão entrada nos outros hospitais da capital são encaminhados para o Evangélico. O Corpo de Bombeiros e a Polícia Militar do Paraná ainda não fecharam balanço sobre as ocorrências do réveillon e só irá informar hoje sobre o registro de algum caso de acidente com fogos.
As principais causas de acidentes são a utilização dos fogos após o consumo de bebida alcoólica, a queima em lugares impróprios e a não obediência às instruções de segurança contidas nas embalagens dos produtos.
Preocupado com as freqüentes ocorrências de acidentes, o Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial (Inmetro) tem sido rigoroso quanto à avaliação e classificação dos fogos de artifício, estabelecendo, de acordo com o seu poder de explosão ou de queima, a quem os produtos pirotécnicos podem ser vendidos. Há fogos autorizados para crianças, alguns proibidos para menores de 18 anos e outros, os usados nos shows, que só podem ser utilizados com autorização das autoridades competentes.
Os fogos de artifício são tecnicamente seguros. A aquisição de produtos certificados, respeitando-se a classificação e as instruções de uso garantem uma brincadeira segura. A irresponsabilidade no cumprimento das instruções, a distração e a imprudência é que acabam colocando em risco os usuários e as pessoas que o rodeiam.