O biólogo Raul Brugioni está
empenhado em tornar o tema
mais conhecido no Brasil.

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Há pouco mais de cem anos, o biólogo francês René Quinton (1866-1925) desenvolveu um estudo científico utilizando a água do mar no processo regenerativo do organismo humano. A teoria da Lei da Constância Marinha, como ficou conhecido o trabalho de Quinton, foi baseado na constatação de que o interior do corpo humano tem uma composição muito parecida com a dos oceanos. Dessa forma, para um organismo manter-se equilibrado, teria que sofrer a introdução de uma água marinha especial, recebendo assim os ingredientes necessários para manter o equilíbrio. Uma vez equilibrado, o organismo ficaria menos suscetível a adoecer.

O avanço científico promovido pelo francês, que tem seus estudos documentados através de fotos, acabou esbarrando na introdução dos métodos antibióticos sintéticos. Com o avanço da chamada medicina química, o método naturalista de Quinton acabou restrito à Europa. É lá que está o único laboratório que resgata a água marinha de regiões profundas e distantes das costas, caracterizada pela presença de fitoplânctons – que fique claro que os efeitos benéficos não são aferidos por qualquer água de mar. O referido laboratório fica em Alicante, na Espanha. Hoje, as pessoas que seguem o tratamento com água marinha já não a recebe mais por injeção, mas por via oral.

Um dos estudiosos do assunto, o biólogo Raul Brugioni, está empenhado em tornar o tema mais conhecido no Brasil. Para tanto, redigiu o prólogo da reedição do livro O Segredo das Nossas Origens – O plasma de Quinton. A obra detalha cada passo do estudo do biólogo francês e traz fotos reveladoras do efeito do tratamento com a água marinha.

Para Brugioni, o trabalho de Quinton só não é mais conhecido no Brasil e na América, de um modo geral, porque foi banida dos currículos das escolas de Medicina dessa região a disciplina de hidrologia médica. "O curioso é que 70% do organismo humano é composto de água. Mas as escolas preferem debater com mais ênfase as questões químicas", diz.

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À frente dos Laboratórios Quinton no Brasil (www.quinton.com.br), Brugioni comandou ontem um debate sobre o tema na Universidade Federal do Paraná (UFPR), com a presença de médicos e estudiosos do tema. "Queremos tornar o assunto conhecido e divulgar o consumo da água marinha para manutenção do bom funcionamento do organismo. É uma substância especial, que não tem contra-indicações", diz Brugioni. O Quinton, como é conhecida a água marinha, não é considerado um medicamento e sim um suplemento alimentar. Desta forma, segundo Brugioni, ele tem consumo liberado.