Em um mundo de desencontros, é cada vez maior a procura pelos solteiros por agências de relacionamento. Apesar de cada vez mais comum, a prática vem repleta de tabus. Tanto é verdade que é normal as pessoas que procuram o serviço preferirem o anonimato.
Entre os mais comuns, está a visão de que as pessoas só recorrem à agência por conta da timidez e da dificuldade de contato social. Outros imaginam que os cadastrados estão ?encalhados? e que a agência é a última esperança.
Porém um trabalho de pesquisa desenvolvido por alunos da Universidade Federal do Paraná (UFPR) põe por terra as teorias propaladas no meio comum. Segundo Claudia Tucunduva, após os estudos realizados por ela e por Angélica Ricofka, Regiane de Souza, Sílvia dos Santos e Wellington dos Santos, comprovou-se que as diferenças entre os grupos de pessoas que procuram agências e o dos que não procuram, são poucas. No trabalho foram analisadas 226 pessoas com mais de 18 anos. ?A primeira constatação foi de que as pessoas que procuram agências não são necessariamente tímidas ou anti-sociais?, explica a estudante. A auto-estima é que se confirma como ponto de divergência entre um grupo e outro. ?As pessoas agenciadas geralmente têm auto-estima baixa (57% dos pesquisados), especialmente as com menos de 30 anos. Isso pode ser reflexo da história delas, de cobranças e insatisfações do passado?.
Outra diferença constatada foi no estilo de amor procurado. Enquanto os agenciados têm um perfil direcionado a jogo e apostas nos relacionamentos e convicção do que querem, os não-agenciados costumam seguir o padrão ?eros?. ?É uma visão do amor romântico, do destino e do amor à primeira vista?. Mas, no final das contas, todos querem a mesma coisa: viver um relacionamento completo, de trocas.