A conservação do Rio Belém, no trecho de cerca de um quilômetro que atravessa o campus da Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR), tem sido prioridade entre os estudantes e professores do curso de Engenharia Ambiental da instituição.
Ontem, em parceria com alunos de escolas públicas da região do Prado Velho e com o apoio da Polícia Federal (PF), eles realizaram mais uma ação com o objetivo de despoluir o rio.
Durante a manhã, os universitários se dividiram em grupos e realizaram retirada de lixo da água e plantio de mudas ao longo das margens do Belém. O tempo todo foram auxiliados pelos alunos das escolas.
“A participação das crianças serve para que elas entendam que a qualidade do rio pode melhorar, mas que isso também depende delas e de seus familiares”, explicou o estudante do quinto período de Engenharia Ambiental, Paulo Roberto Geraldo Filho.
Segundo o professor de Engenharia Ambiental e integrante da organização não-governamental Instituto do Desenvolvimento Sustentável, Arnaldo Carlos Müeller, as ações em favor do rio são realizadas desde 2003, quando uma enquete promovida entre os estudantes apontou a situação do Belém como o principal problema ambiental existente dentro do campus da capital da PUCPR.
“Algumas coisas já mudaram desde que iniciamos a atividade. Há mais vegetação nas margens do rio e a população que vive no entorno do mesmo se mostra mais consciente em relação à necessidade de recuperação e regeneração ambiental”, disse.
No total, 2,5 mil mudas de árvores nativas – como branquílio, ipê e imbuía – doadas pela PF foram plantadas ontem. Elas substituíram espécies exóticas (como pinus e alfaneiro) cortadas anteriormente. De acordo com um cálculo próprio, a PF, no ano passado, no Paraná, despejou 1.197,4 toneladas de CO2 na atmosfera.
“Fizemos o cálculo com base no uso de nossas viaturas, nas viagens de avião realizadas pelos policiais, no gasto de papel e na quantidade de entorpecentes incinerados. Concluímos que, para neutralizar as emissões, teríamos que plantar 2,5 mil árvores”, declarou o superintendente da PF, Delci Carlos Teixeira. A PF quer que a ação se repita nos próximos anos.