Um grupo de cerca de 150 estudantes ocupou no início da tarde desta segunda-feira (7) a reitoria da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), em Belo Horizonte. O protesto, coordenado pelo Diretório Central dos Estudantes (DCE), pede a apuração sobre a ação policial que impediu a exibição de um filme sobre a legalização da maconha na última quinta-feira (3). A ação teria ferido três alunos.
O presidente da União Estadual dos Estudantes de Minas Gerais, Diogo Sousa, disse que a polícia agiu de forma violenta para impedir a exibição de um filme que era promovido pela Revista Superinteressante e que seria a base de um debate sobre a legalização da maconha.
?Houve uma invasão da Polícia Militar no local onde aconteceria a exibição do filme. A Polícia Militar agiu de forma repressiva e violenta contra os estudantes?, contou.
Segundo ele, o motivo alegado pela diretoria do Instituto de Geociências, que teria chamado a polícia para retirar os alunos do auditório onde ocorreria a projeção do filme, foi de que o local não havia sido reservado com antecedência. Mas para o presidente da União dos Estudantes isso não representava nenhum problema para a realização do debate.
?O fato de não ter reservado auditório não impedia a exibição do filme, porque o auditório não estava sendo usado?, alegou.
Cerca de 60 alunos se encontravam no auditório no momento da chegada da Polícia Militar. Após o incidente, de acordo com Sousa, dois alunos foram ao Instituto Médico Legal (IML) para realizar o exame de corpo e delito para comprovar a agressão por parte dos policiais. Outra estudante teve que receber atendimento médico antes de ir ao IML.
Diogo Sousa acredita que a situação poderia ter sido resolvida sem a intervenção policial. ?Nós entendemos que a universidade tem que tentar resolver seus problemas internamente, sem opinião ou reforço externo?, afirmou.
A assessoria de imprensa da UFMG afirmou que já existe uma sindicância para apurar o caso e esclarecer o incidente da última semana.
Os estudantes devem se reunir com o reitor da UFMG ainda nesta segunda-feira (7) para pedir uma audiência com representantes da Polícia Militar e da diretoria do Instituto de Geociências para apurar as responsabilidades no caso.
