Estudantes da Universidade Federal do Paraná (UFPR), que tinham invadido a reitoria na terça-feira, cumpriram a promessa de que a manifestação duraria apenas 24 horas e deixaram o local, exatamente às 10 horas da manhã desta quarta-feira. "Conseguimos chamar a atenção da sociedade para a necessidade de colocar a educação como prioridade no País", disse o diretor do Diretório Central dos Estudantes (DCE), João Paulo Mehl.

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O DCE paranaense decidiu antecipar-se à convocação da União Nacional dos Estudantes (UNE), que tinha previsto os protestos para terça. "Queríamos contar com o elemento surpresa", disse Mehl. E conseguiram. A vice-reitora Márcia Helena Mendonça, que responde pela UFPR enquanto o reitor Carlos Augusto Moreira Júnior está em viagem ao exterior, confessou que foi surpreendida. Mas não colocou resistência à ação dos estudantes.

Aproximadamente 60 estudantes passaram a noite na sala da reitoria. Segundo Mehl, foram feitos debates e algumas apresentações culturais. Antes de sair do prédio, foi realizada uma limpeza no andar que ocupavam. De amanhã até sábado, os estudantes participam de um encontro da União Paranaense de Estudantes (UPE), em Jacarezinho, no norte do Paraná, quando os temas que motivaram o protesto voltam a ser discutidos.

Da pauta constam três assuntos prioritários. Eles pedem a criação de um Plano Nacional de Assistência Estudantil, com rubrica específica que contemple a construção e ampliação de creches, restaurantes universitários, moradia estudantil e financiamento para transporte; querem a aplicação de 10% do PIB em educação; e, no caso específico da UFPR, a paridade nos conselhos superiores, com a participação de um terço de professores, um terço de estudantes e um terço de técnicos.

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