Foi realizada ontem, na União Paranaense dos Estudantes (UPE), o Conselho Estadual de Entidades Gerais da UPE. Representantes de diretórios acadêmicos de todo o Estado reuniram-se para discutir os problemas e as necessidades do ensino superior. Representantes da Secretaria de Estado da Educação, do Ministério da Educação e da União Nacional dos Estudantes (UNE) também estiveram presentes.
Segundo o presidente da UPE, Antônio Anibelli Neto, o objetivo do encontro – realizado de dois em dois anos e que precede o Congresso Estadual da UPE – é ouvir as reivindicações de cada diretório acadêmico e saber, dos representantes governamentais o que está sendo feito pelo ensino superior. ?O movimento estudantil hoje está diferente. Acabou o tempo de fazer manifestações, reivindicações. Nosso objetivo é apresentar propostas e ouvir o que o governo tem a dizer. Isso é mais condizente com o momento político do Brasil, que pede parcerias?, afirmou Anibelli.
Entre os assuntos discutidos, o principal foi a reforma universitária. ?A sociedade brasileira reconhece o papel estratégico da educação superior e o governo federal vê com muito bons olhos este debate acerca da reforma. É importante colocar essas questões em pauta, em todos os setores da sociedade?, disse André Lázaro, do MEC.
Entre diversas mudanças propostas pela reforma universitária, a adoção de um sistema de quotas para negros nas universidades é uma das mais polêmicas. Lázaro afirma que usar o conceito de raça para combater o racismo não é o ideal.
Os estudantes vão elaborar um documento com propostas que serão discutidas no Congresso Estadual da UPE, em maio.
