O estresse causado pelo trabalho atinge mais de 80% dos profissionais de enfermagem que atuam em centros cirúrgicos e centrais de materiais em estabelecimentos de saúde.
A constatação veio de uma pesquisa realizada em 11 hospitais de Londrina, norte do Paraná. O estudo foi feito pelo Hospital Universitário (HU) de Londrina e pela Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto, da Universidade de São Paulo.
Dos 340 trabalhadores (enfermeiros, técnicos, auxiliares e atendentes de enfermagem) que participaram da pesquisa, 82,4% declararam que estavam com estresse ocupacional em níveis médio ou elevado.
Apenas 17,6% não se consideravam estressados. Para Denise Rodrigues Costa Schmidt, enfermeira do centro cirúrgico e sala de recuperação do HU de Londrina e uma das pesquisadoras, o número é muito alto.
Entre os fatores estão a falta de materiais, equipamentos e profissionais no ambiente de trabalho; contato com a dor e a morte; falta de autonomia na atividade; e pouca oportunidade de crescimento na profissão. “Quem trabalha no bloco cirúrgico também enfrenta o estresse de lidar com uma situação que necessita de decisões e atitudes muito rápidas”, explica.
Uma forma de diminuir o estresse ocupacional seria o chamado gerenciamento do estresse, que compreende diversas ações para o trabalhador. “Esperamos que a pesquisa sirva como ponto de partida para que os hospitais o implantem.”