O movimento foi tranqüilo ontem na BR-376. |
O dia de Finados (hoje) e a transferência do ponto facultativo alusivo ao Dia dos Funcionários Públicos do último dia 28 para ontem fez com que a concessionária Ecovia tomasse providências para garantir a segurança das pessoas que resolvessem descer para o litoral. Porém o movimento de veículos foi razoavelmente tranqüilo, na noite de quinta-feira e ontem de manhã, na BR-277.
Segundo a concessionária, até amanhã, espera-se que 65 mil veículos passem pela rodovia, fazendo com que o movimento seja 30% maior que em outros fins de semana. Na manhã de ontem, quinhentos carros por hora desciam a serra no sentido Paranaguá, um movimento considerado apenas um pouco superior ao normal.
Até às 17h de ontem, já haviam passado pela rodovia 8.300 carros em direção ao litoral. De acordo com a Ecovia, a movimentação estava 17% acima do normal. A previsão era de que 10 mil veículos trafegassem pela rodovia ontem.
Por precaução, a Ecovia colocou 120 funcionários para trabalhar no local. Estão à disposição do usuário vinte veículos, entre resgate, guincho, ambulâncias, furgões de inspeção, manutenção e operação. Para que o trânsito não se torne lento, como verificado no feriado do último dia 12 de outubro, as obras de substituição de guarda corpos no viaduto do Caruru, no quilômetro 43, serão suspensas sempre em um dos sentido das pistas. Quando houver maior fluxo na descida, as obras serão suspensas na pista sentido Paranaguá. Quando houver maior movimento de subida de veículos, acontecerá o contrário.
Hoje, a concessionária, junto com patrulheiros da Polícia Rodoviária Federal, deve executar obras de canalização no quilômetro 71, 180 metros antes do Cemitério Parque Senhor do Bonfim. Porém, a expectativa é que a obra não gere grandes transtornos ao usuário.
Como medidas de segurança, a Ecovia aconselha os motoristas a programarem suas viagens e, antes de partirem, ligar para o número 0800-410-277 ou acessar o site www.ecovia.com.br para saber sobre o movimento e condições das estradas.
No interior do Estado, o movimento também foi considerado normal pela concessionária Caminhos do Paraná, que explora o trecho da BR-277 entre São Luís do Purunã e Guarapuava. Até o fim da tarde, cerca de 3 mil veículos trafegaram no trecho. A previsão era de um acréscimo de 15% à noite. O tráfego de carros de passeio superou o de caminhões, invertendo a proporção registradas nos dias normais.
BR-376
Na BR-376, que liga Curitiba a Santa Catarina, o movimento, segundo a Polícia Rodoviária Federal, deve ser normal. Ontem de manhã, o fluxo de veículos era baixo, mas os motoristas tiveram que enfrentar garoa e um pouco de cerração. Durante a tarde, o tempo continuava fechado, com chuva e neblina.
Feriado com sol e calor
Para quem vai viajar neste feriado a previsão é de tempo bom. Segundo o meteorologista Lizandro Jacobsen, do Simepar, apesar de ontem Curitiba e o litoral terem apresentado tempo nublado e com chuvas, hoje deve aparecer sol em todo o Estado. A temperatura vai variar entre 15ºC e 25ºC na capital e 17ºC a 26ºC no litoral. Já para amanhã, a previsão é que o tempo continue estável sofrendo variações de 19ºC a 30ºC em Curitiba e 20ºC a 32ºC nas praias.
Todas as regiões do Estado estarão com tempo bom, com exceção do Oeste que estará com o tempo nublado no início da manhã e no final da tarde, mas com sol e com uma temperatura média de 33º. Já no Norte do Estado a temperatura média será de 34º. “Este será um fim de semana com muito sol em todas as regiões do estado”, diz o meteorologista. Lizandro afirma que apenas hoje no litoral e na Serra do Mar o tempo estará chuvoso, mas deverá melhorar amanhã.
Segundo o Simepar, o tempo deverá voltar a ficar chuvoso a partir de segunda-feira, devido a uma frente fria que está no sul. Depois dessa data, todas as regiões do estado estarão em condições de chuva, principalmente no período da tarde.
Avanço da idade eleva o temor da morte
O medo da morte é natural do ser humano, mas para os idosos o receio é maior por causa do avanço da idade. A psicóloga e professora Diana Fadel, do Centro Pscicológico do Centro Universitário Positivo (UnicenP) chegou a essa constatação ao coordenar as dinâmicas de grupo para idosos.
Esse trabalho é o resultado de uma pesquisa feita com os idosos para verficar se eles sabem de seus direitos. Foi detectado que precisavam de um espaço para falar de suas vidas. As atividades, que acontecem todas as sextas pela manhã, abrangem dinâmicas de grupo, relaxamento e palestras interativas. Justamente nesta parte do trabalhos, os idosos expõem as suas idéias e o assunto morte surgiu nesses encontros. “Desde julho, em três semanas eles trouxeram este tema. Na semana passada, por exemplo, uma das idosas estava completando 7 dias de viuvez. A necessidade de falar sobre o que aconteceu em grupo fez com que ela fosse até lá”, conta.
A forma de encarar o assunto está relacionada, principalmente, à qualidade de vida destas pessoas. “Dependendo da forma com que a pessoa passa por cada etapa da vida, quando ela chega nessa idade, chega mais tranquila e não tem medo. Já os que não souberam enfrentar os problemas ao longo da vida apresentam muito mais medo porque tentam buscar alguma coisa que não fizeram e não há mais tempo para isso, o que cria uma amargura”, relata Diana. A pscicóloga afirma que os idosos que conseguem encarar mais facilmente a morte aproveitam o tempo que lhes restam com mais qualidade de vida.
O medo também é influenciado pela proximidade com casos de morte. “Quando eles perdem alguém, principalmente amigos e parentes próximos, o sofrimento é maior porque acreditam que está chegando a hora deles, passando a ver a morte com mais sensibilidade. Vendo a dos outros, passa a ver a própria morte”, conclui Diana. Esta situação se torna mais grave ainda quando o idoso se sente sozinho. A psicóloga afirma que quanto mais o idoso se isola, mais tempo tem para ficar pensando na morte, já que não possui perpestiva nenhuma.
Mais informaçõs no Centro Psicológico da Unicenp, telefone (41) 317-3000.
Rodoferroviária registra baixo movimento
Lyrian Saiki
Foi baixo o movimento no terminal rodoviário da Estação Rodoferroviária de Curitiba ontem, véspera do feriado de Finados. De acordo com o administrador da Urbs, Jair José Carvalho, foram colocados duzentos veículos extras ? a maioria (60%) com destino ao interior do Estado. “A procura está sendo bem tranqüila”, comentou.
Quem não teve o que comemorar foram as empresas de ônibus, que lucraram bem menos do que esperavam. “O movimento está abaixo da expectativa”, apontou o gerente da agência Graciosa, que faz a linha para o litoral paranaense, José Olegário Mazul. Até a tarde de ontem, foram colocados 34 carros extras, além dos 46 oficiais. A intenção era fechar o dia com 45 extras ? número bem abaixo do 72 colocados na véspera do último feriado, 12 de outubro. Para hoje, estavam programados apenas nove carros extras. “Muita gente vai deixar para viajar no dia 15 de novembro, quando o feriado será prolongado”, aponta. Outro fato que pesa é o não recebimento do salário. “Normalmente as pessoas recebem no quinto dia útil do mês.” Entre os destinos mais procurados estão Pontal do Sul, Matinhos e Paranaguá, e o preço médio da passagem é R$ 10,70.
Na empresa Catarinense, o movimento também foi fraco. “Nossa meta era colocar vinte carros extras, mas só colocamos doze”, informou o encarregados de vendas, Cláudio Lucas Cancela. Segundo ele, feriado de Finados nunca foi bom para a empresa. “É um feriado religioso, e as pessoas acabam preferindo viajar mais para o interior”, diz. Já para o dia 15 de novembro, a expectativa é colocar 120 carros a mais.
Na Sulamericana, que faz a linha para a região Oeste do Estado ? os destinos mais procurados são Cascavel, Foz do Iguaçu, Laranjeiras do Sul e Medianeira ?, as vendas de passagens também ficaram aquém do esperado. De acordo com o encarregado de vendas Paulo César Nascimento, só estava previsto um carro extra para Foz. “Ainda temos passagem para todas as cidades”, informou.
De acordo com o administrador da Urbs, Jair José Carvalho, entre 20 mil e 21 mil pessoas embarcariam ontem na rodoviária de Curitiba. Em dias normais, o movimento é de quase 10 mil pessoas.
Litoral
Embora o Finados seja tradicionalmente o dia guardado para ir ao cemitério, muitas pessoas não mantêm este costume. É o caso do militar da aeronáutica Maikel Juliano Campos, de 19 anos, que viajava ontem para Ipanema. “A Bíblia ensina que não se deve visitar os mortos”, diz o rapaz, seguidor da Igreja Batista. O montador Darci Ferreira Gomes, 39, também vai passar o feriado no litoral. Ontem ele embarcou para Guaraqueçaba, com a filha Débora, 4. “Tem que aproveitar para pescar, mergulhar, andar no meio do mato”, comentou Darci, que retorna para Curitiba apenas na próxima quarta-feira. “Vai dar para descansar bem.”