O principal entrave para o desenvolvimento da região do Vale do Ribeira, na divisa de Paraná e São Paulo, é a falta de um caminho para escoamento de produtos e tráfego normal”. A declaração do presidente do Conselho Regional do Vale do Ribeira Paranaense (Co-Ribeira), João Batista, reflete o que atormenta a população da região há vários anos.
Batista fez alusão ao projeto de Desenvolvimento da Região do Vale do Ribeira, do deputado federal Max Rosenmann, foi aprovado na quarta-feira, pela Comissão de Finanças e Tributação da Câmara Federal. Segundo o projeto, o governo federal deve conceder benefícios fiscais, linhas de crédito e criar fundos de capitalização para estimular os investimentos na região. Mas, segundo o presidente da Co-Ribeira, a prioridade é a finalização da Estrada da Ribeira, no trecho da BR 476. “Tudo o que foi planejado e o projeto que foi aprovado pela Câmara Federal só podem ser realizado depois de concluídas as obras da estrada. Para que possamos crescer, é necessário ter uma ligação com o resto do Estado”, afirma.
No Paraná, O Vale do Ribeira apresenta um dos mais baixos índices de desenvolvimento de todo o Estado, e indicadores econômicos muito baixos.
Os municípios que mais sofrem com o isolamento da região são Adrianópolis e Bocaiúva do Sul. A população dessas cidades diminuiu 30% e 20% nos últimos dez anos, respectivamente.
Projetos de desenvolvimento econômico no Vale do Ribeira, englobando mineração e reflorestamento com pinus estão sendo programados pelo Co-Ribeira, mas todo planejamento depende da conclusão da Estrada da Ribeira, na BR-476. “Dependemos exclusivamente da liberação total dos recursos que precisamos para concluir as obras na estrada. Sem isso, não tem como pensar em desenvolvimento”, conclui João Batista.
