Até o fim deste mês, um trecho de 28 quilômetros da Estrada da Ribeira – entre o Atuba (no município de Colombo) e Bocaiúva do Sul – será restaurado. A rodovia, que é de responsabilidade do Departamento Nacional de Infra-Estrutura de Transportes (DNIT), está em péssimas condições. O trânsito é caótico, principalmente na altura do Alto Maracanã, e toda a pista está esburacada.
As ruas que cruzam a rodovia são mal projetadas, trazendo grande dificuldade para quem tenta entrar para os bairros ou pegar a estrada. Para os pedestres, a situação é ainda pior. Não existem faixas na pista e o único jeito de atravessar é esperando uma folga entre os carros e sair correndo. Crianças e adultos arriscam-se diariamente.
Seguindo em direção a Bocaiúva, o trânsito fica mais calmo. No entanto, os problemas persistem. Não existe acostamento. O mato toma conta da beira da pista e, se algum veículo estragar, fica parado no meio da estrada, podendo causar acidentes.
De acordo com o engenheiro do DNIT Ronaldo de Almeida Jares, o órgão aproveitou uma licitação feita pelo Departamento de Estradas e Rodagem (DER), em 1998, para contratar a empresa que realizará a obra. ?Transferimos a licitação. Assim ficou mais rápido. Caso contrário, iria demorar demais até fazer a licitação e iniciar os trabalhos?, explicou Jares.
A empresa que fará a obra é a J. Maluceli, que já está fazendo a pavimentação da BR-476, entre Bocaiúva e Adrianópolis. ?Esta obra de pavimentação deve estar concluída até junho?, afirmou Jares.
Já a restauração dos 28 quilômetros da Ribeira, que custará R$ 12 milhões, levará cerca de um ano para ser concluída. Há seis anos o DNIT espera verbas para firmar um contrato de restauração do trecho. Até então, estavam sendo feitas obras de melhorias em parceria com as prefeituras de Colombo e Bocaiúva do Sul.
De acordo com Jares, todo o trecho terá terceira pista, será colocado um semáforo na altura do terminal do Alto Maracanã e serão feitas melhorias nas interseções da pista. Serão recuperadas também as pontes ao longo do trecho. A situação mais crítica é da ponte sobre o rio Atuba. Um buraco na passarela destinada aos pedestres obriga as pessoas a arriscarem a vida entre os carros para conseguir passar pela região.
O auxiliar de produção Paulo Sérgio Malote mora no Alto Maracanã e vai para o trabalho e volta de bicicleta. Ele conta que o risco é constante porque não existe acostamento praticamente, obrigando os ciclistas a andarem na rodovia mesmo. ?Na semana passada, quase fui atropelado aqui perto desta ponte?, conta.
Transporte
Com a recuperação da estrada, o terminal do Alto Maracanã será reestruturado e reformulado. De acordo com a assessoria de imprensa da prefeitura de Colombo, além da ampliação, será construído um outro terminal no Jardim Guaraituba para atender melhor a população. Por enquanto não se sabe como a obra será feita porque tudo ainda está na fase de projetos. No entanto, a prefeitura de Colombo deve realizar a obra em parceria com o DNIT e, talvez, com o governo do estado.