Nesta sexta-feira (26), durante entrevista coletiva do governo do Estado para anunciar as novas medidas de restrição em todo o Paraná, o diretor de Gestão em Saúde da Secretaria da Saúde do Estado, Vinícius Filipak, revelou que a situação atual está acima da previsão mais pessimista projetada da pandemia. “Estamos com um crescimento e em muitos poucos dias teremos uma ocupação de UTI que está chegando perto do limite máximo do sistema de saúde”, revelou.

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Durante o pronunciamento, Filipak também alertou para uma futura falta de leitos de enfermaria para pacientes com coronavírus. “O leito clínico a situação é mais aguda inclusive que o próprio leito de UTI, chegando a 74% de ocupação. Não bastasse essa constatação, temos um número de pacientes extremamente elevado”.

Os casos internamento no Paraná, que há semanas vem batendo recordes na quantidade de pacientes, atingiram nesta quinta-feira (25) 94% de ocupação de leitos de UTI. “Essa é a maior ocupação de toda a história de epidemia do Estado do Paraná. Nunca tivemos tantos pacientes internados quanto tivemos hoje.

Nova variante aumentou mortalidade

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A alta na ocupação de leitos, tanto UTI como enfermaria, foi decisiva para o governo do Estado decretar novas restrições. No entanto, o que também chamou a atenção do diretor da Saúde foi o agravamento da mortalidade em todo o Paraná, que chegou a 30% em pacientes internados.

“O agravamento da mortalidade significa que temos uma nova Cepa circulando e está atingindo duramente a nossa população. Mesmo que haja leitos suficientes, que eles fossem infinitos, ainda assim as pessoas que pegam covid-19, 10% terão que internar e dessas pessoas que internam, 25% delas irão a óbito quando internados em terapia intensiva”, explica Filipak.

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De dezembro até fevereiro, 11% dos pacientes estão ficando mais tempo internados. Segundo o diretor da Saúde, a média de tempo de internamento destes últimos dias é a maior de toda a pandemia. “Nós temos uma situação de grave crise sanitária”, revela.

Por fim, com toda essa situação grave, do ponto de vista epidemiológico e sanitário, o diretor da Saúde reforçou a necessidade da adoção de medidas para que o Estado haja com responsabilidade. “Cabe a todos nós, não só o Governo Executivo, mas principalmente a população entender de que alguém contaminado transmite essa doença para outra pessoa. Estamos a partir desse minuto colocando a chance dessa pessoa ir a óbito. Não há condição de permitirmos mais essa propagação dessa doença. O que tem acontecido no mundo todo, no nosso país, não é diferente no Paraná”.