Solidariedade

Estado segue arrecadando doações para as vítimas do Rio

A tragédia que aconteceu na região serrana do Rio de Janeiro tem provocado uma onda de solidariedade pelo País. No Paraná, a situação não é diferente. Muitas entidades e mesmo empresas têm se prontificado a receber doações e encaminhá-las às vítimas.

De outro lado, a população tem se mobilizado em arrecadar a maior quantidade possível de produtos com o intuito de ajudar os mais necessitados. Em Curitiba, uma das entidades que está recebendo doações é o hospital da Cruz Vermelha.

Na última segunda-feira (17), ela encaminhou ao Rio dois caminhões, carregados com 26 toneladas de doações, principalmente alimentos, produtos de limpeza e de higiene pessoal.

“Muita gente está ajudando. Porém, uma das dificuldades que estamos tendo é com o transporte das doações. Um dos caminhões que utilizamos era de uma empresa e o outro foi um frete pago por doadores”, informa a assessoria de imprensa do local.

A Defesa Civil Estadual também está se mobilizando e solicitando que donativos sejam entregues nos quartéis do Corpo de Bombeiros de todo Estado. As doações serão encaminhadas ao Rio por transporte rodoviário e podem ser feitas inclusive nos quartéis do litoral.

Entre os produtos que podem ser doados estão água potável, alimentos não perecíveis (prontos para o consumo), fraldas (infantis e geriátricas), cobertores e colchonetes, materiais de higiene pessoal e de limpeza.

Roupas, calçados, móveis e colchões geralmente não são recebidos devido às dificuldades de transporte e também porque, no Rio, não há locais para armazenamento destes produtos.

Conforto

A psicóloga Patrícia Guillon, que é professora da Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR), explica que, no dia a dia, as pessoas normalmente não pensam na própria vulnerabilidade.

Desta forma, quando uma tragédia como a do Rio acontece, elas se confrontam com a própria fragilidade. Uma das formas de aliviar a angústia acaba sendo se mobilizar e ajudar ao próximo.

“A solidariedade também está ligada à cultura do brasileiro, que é um povo que vem de um histórico de muitas batalhas e sofrimentos. O povo brasileiro tem a característica de se juntar, se organizar e brigar por si mesmo nas tragédias. O que está acontecendo em relação ao Rio de Janeiro já foi visto em outras situações, como por exemplo na tragédia provocada pelas chuvas em Santa Catarina (em 2008)”, afirma.

Governo quer comprar novo radar para detectar tempestade


AEN

O Paraná deve contar com novo radar meteorológico, para previsão de tempestades, até o fim do ano. A aquisição do equipamento pelo Instituto Tecnológico Simepar foi um dos assuntos discutidos, na manhã de ontem, pelo secretário da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Alípio Leal, o diretor-adjunto do Instituto, Cesar Beneti, o coordenador administrativo e financeiro, Zenóbio José Gavlak, e o coordenador da área de pesquisa, Eduardo Alvim Leite.

De acordo com Beneti, o equipamento irá complementar a rede de radares do Estado permitindo, assim, a melhoria da detecção de tempestades. “Atualmente, temos um único radar instalado na região centro-leste do Paraná, mas, com o novo equipamento, a ser instalado em Cascavel, toda a região oeste contará com o monitoramento, assim como Santa Catarina, parte do Rio Grande do Sul e Paraguai”, explica.

O edital da licitação está previsto para ser concluído no primeiro semestre e será aberto a empresas nacionais e estrangeiras, devido à especificidade do equipamento. Ainda não está determinado o valor da licitação.

O Simepar espera contar com o novo radar até dezembro. Beneti lembra que a região oeste se destaca pela grande produção agrícola, e que a instalação de um radar no local permitirá antecipar as tempestades em até 12 horas. “Vale ,lembrar que um terço da energia utilizada no Brasil é gerada nessa região. Por isso, a iniciativa trará benefícios grandiosos”, completa.

Há dados para mapa de risco

AEN

A Mineropar informou ontem que tem condições de subsidiar a construção dos mapas de risco de desastres naturais do Paraná. A empresa tem à disposição o Mapa Geológico do Paraná em escala compatível, com informações sobre os tipos de rochas do Estado.

Além deste mapa, que está sendo melhorado e atualizado, há o Mapa Geomorfológico, com informações sobre relevos e fragilidades ambientais. Também está em processo de construção o mapa de formações superficiais das microbacias em escala de detalhe.

Segundo o presidente da Mineropar, Eduardo Salamuni, para elaborar o mapa de risco do Paraná são necessárias equipes de geólogos, engenheiros geotécnicos, geógrafos e outros profissionais, além de bases cartográficas de detalhe.