Estado já sente nova greve nos Correios

Os trabalhadores da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT) entraram ontem no primeiro dia de paralisação nacional.

No Paraná, o dia foi marcado por uma grande diferença no número divulgado de adesões. Enquanto os Correios afirmam que apenas 17% dos 6,2 mil funcionários da empresa no Estado aderiram à greve, o Sindicato dos Trabalhadores nos Correios do Paraná (Sintcom/PR) divulga que 80% dos trabalhadores estariam com os braços cruzados. Em Curitiba, a adesão seria de 85%, segundo o sindicato.

De acordo com o presidente do Sintcom do Distrito Federal, Moysés Leme, na manhã de ontem, a greve já atingia 18 estados e havia a possibilidade de novas adesões.

No Paraná, Curitiba e Região Metropolitana (RMC), Londrina e região, Foz do Iguaçu, Guarapuava, Paranaguá e Maringá e região aderiram à greve. Cascavel e Ponta Grossa iriam decidir a participação ou não da paralisação na noite de ontem.

De acordo com o secretário-geral do Sintcom, Nilson Rodrigues dos Santos, a maioria dos empregados parados são carteiros e operadores de triagem e transbordo. Em Curitiba, os funcionários ficaram acampados durante todo o dia em frente à sede administrativa da empresa, no bairro Rebouças. Eles pleiteiam a incorporação definitiva do adicional de risco de 30% ao salário e um reajuste de 44,81%.

Segundo o secretário para Assuntos Raciais do Sintcom/PR, Santino Silva, a greve só está ocorrendo porque a ECT não cumpriu o acordo que foi assinado em abril. ?Não gostamos de fazer greve, mas diante das circunstâncias, foi a única saída que nos restou?, diz.

Uma assembléia no final da tarde de ontem decidiu pela continuidade da greve por tempo indeterminado e definiu a programação de atividades para hoje. Uma delas deverá acontecer ainda pela manhã, quando os grevistas pretendem ir até o Centro de Exposições da Universidade Positivo chamar a atenção do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que está em Curitiba para o lançamento do Plano Agrícola e Pecuário 2008/09.

À tarde, os empregados devem sair em passeata da sede dos Correios até a Assembléia Legislativa, onde deverá ser votado o projeto de lei do deputado Tadeu Veneri (PT), que regulamenta as portas giratórias nas agências que operam o Banco Postal.

A assessoria de imprensa dos Correios informa que esta greve tem menor alcance que a anterior, realizada em abril. A empresa não soube informar quantas correspondências já deixaram de ser entregues.

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