Ou vai ou racha

Estado e prefeitura buscam solução para não acabar com a RIT

O transporte coletivo da Região Metropolina de Curitiba (RMC) dificilmente será o mesmo até o final desta semana. Além do novo valor da tarifa, que pode passar de R$ 3, os próximos dias vão definir o futuro da Rede Integrada de Transporte (RIT), ameaçada pelo impasse entre governo do estado e prefeitura da capital.

A RIT permite a cobrança de uma única tarifa em deslocamentos entre Curitiba e os municípios vizinhos. Se acabar, as linhas intermunicipais terão passagem com valor diferente e não será mais possível a parada dos ônibus metropolitanos dentro dos terminais da capital.

O fim da RIT chegou a ser anunciado na última sextafeira, quando o presidente da Coordenação da Região Metropolitana de Curitiba (Comec), Omar Akel, anunciou que não iria renovar o convênio com a prefeitura de Curitiba. Mas logo depois o Palácio Iguaçu divulgou uma nota na qual reafirma sua disposição em “manter a integração, com tarifa única”. O governo estadual diz que pretende assumir 50% de eventual déficit do sistema. Esse déficit está na diferença entre a tarifa paga pelo usuário (hoje de R$ 2,85) e a tarifa técnica, paga às empresas de ônibus (R$ 3,18).

A prefeitura diz que vai assumir integralmente o subsídio do transporte urbano, mas que não se responsabilizar pelo transporte metropolitano, que é uma atribuição do governo do estado. Como a prefeitura já recusou a proposta de dividir a conta em 50%, não se sabe de que lado virá uma nova oferta que possa garantir a manutenção da RIT.

Nova Tarifa

Os usuários de ônibus já sabem que haverá aumento da tarifa esta semana, mas o valor continua indefinido. A expectativa é que o preço da passagem passe de R$ 3. Além do impasse sobre o subsídio, outra negociação em curso esta semana terá influência direta: o reajuste salarial de motoristas e cobradores. A folha de pagamento representa quase metade dos custos da planilha do transporte e o reajuste será repassado ao valor da tarifa. Uma reunião está marcada para as 14h30 de hoje, na Superintendência do Ministério do Trabalho e Emprego, para tratar de atraso no recolhimento do FGTS e paga mento de férias por parte de algumas empresas. Novas negociações devem acontecer na quinta-feira, no Tribunal Regional do Trabalho (TRT-PR).

Manifestação

Manifestantes vão se reunir a partir das 18h de hoje, na Boca Maldita. Nas redes sociais, mais de 30 mil pessoas já confirmaram presença na manifestação, organizada pela Frente de Luta pelo Transporte. (AC)

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