A primeira reunião desta semana entre os sindicatos de Motoristas e Cobradores (Sindimoc) e das Empresas de ânibus (Setransp) terminou sem avanço. As partes se encontraram na tarde de ontem, na Superintendência Regional do Ministério do Trabalho. Urbanização de Curitiba S/A (Urbs), prefeitura de Curitiba e Coordenação da Região Metropolitana de Curitiba (Comec) também participaram da reunião.
De acordo com o superintende regional do Trabalho, Neivo Beraldin, os trabalhadores reivindicaram um reajuste salarial entre 12% e 13%, o dobro da inflação. “Mas os empresários não fizeram nenhuma contraproposta. Disseram apenas que aguardam o anúncio da nova tarifa e a definição quanto ao futuro da integração”, conta.
Ainda segundo Beraldin, a Comec vai esperar que a prefeitura anuncie uma tarifa que sustente o sistema de transporte coletivo com o mínimo de subsídios possível. “A Comec sugeriu que a prefeitura aumente a tarifa. Foi isso”, revela o superintendente.
Na última sexta-feira, Omar Akel, diretor presidente da Comec, disse que o fim da tarifa integrada metropolitana era um “caminho sem volta”. Isso porque o estado havia feito uma proposta à prefeitura para divisão dos déficits do sistema em iguais partes. A administração municipal, segundo o governo, recusou a proposta.as depois da declaração, o governo publicou nota reafirmando que mantinha a sugestão de divisão do déficit e que aguardaria a prefeitura se posicionar sobre o tema. Também disse que iria aguardar o anúncio da nova tarifa por parte da prefeitura.
Trabalhadores, empresários, Urbs e Comec voltam a se reunir na próxima quinta-feira, desta vez no Tribunal Regional do Trabalho da 9.ª Região (TRT-9.ª).
Nova tarifa
A prefeitura de Curitiba deve anunciar hoje a nova tarifa do transporte coletivo. A ideia da prefeitura é que a tarifa não suba mais do que a inflação dos últimos dois anos, que acumula cerca de 12,5%. Assim, a tarifa para o sistema da capital deve ficar em torno de R$ 3,15. A tarifa técnica deve ficar em torno de R$ 3,70. A diferença deve ser coberta pelo município, através de subsídio. A prefeitura já avisou que não vai subsidiar os ônibus metropolitanos. O subsídio, nesse caso, teria que sair das prefeituras ou da Comec. As negociações continuam.