O encerramento das atividades de ensino regular de primeiro grau na Escola Municipal Antônio Prado, em Almirante Tamandaré, está revoltando parte dos moradores do bairro Vila Prado.

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Ontem, pais de alunos se reuniram com o chefe de gabinete do governador, Carlos Augusto Moreira Júnior, para pedir apoio na solução do impasse. Ele se comprometeu a dar atenção especial ao caso. A prefeitura do município transferiu os alunos do ensino regular para outras escolas a 1,5 quilômetro da Antônio Prado.

Segundo o procurador-geral de Almirante Tamandaré, Martinho Carlos de Souza, a medida foi tomada para qualificar o ensino para as crianças, já que as aulas estariam sendo ministradas de forma multisseriada (com alunos de séries diferentes na mesma sala de aula). “A prefeitura disponibilizou as vagas e também o transporte para os alunos”, disse.

Alguns representantes da comunidade conseguiram uma liminar que suspendia a transferência dos alunos. A procuradoria do município, no entanto, conseguiu cassar o documento. O local passará a abrigar as atividades de contraturno do Programa de Erradicação do Trabalho Infantil (Peti), atendendo cerca de 150 crianças.

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Uma das professoras da escola, Elizabete Piekas rejeitou a transferência e passou a dar aulas para as crianças na rua, em frente ao colégio – fato reprovado pela administração municipal.

De acordo com o padre Leocádio Cyztkowski, que participou da audiência de ontem, a transferência das atividades do Peti para a escola não foi feita de forma legal.

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“Para isso acontecer, o local deveria passar por uma vistoria das secretarias do Trabalho e de Ação Social”, afirma. O chefe de gabinete do governador se comprometeu a dar atenção especial ao caso. “Fechar a escola é um grande erro”, disse Moreira Júnior.