Foto: João de Noronha/O Estado |
Mesmo com chuva, população sai de casa na estação. continua após a publicidade |
O verão começa hoje e, com ele, vêm a expectativa sobre o que o clima quente reserva ao paranaense nos próximos meses. De acordo com os meteorologistas, a tendência é que a estação repita em 2006 o que aconteceu no verão deste ano, com o primeiro mês mais chuvoso no litoral e possibilidade de estiagem no interior nos meses seguintes, ainda que não na mesma intensidade que causou grandes prejuízos aos agricultores em 2005.
Segundo o meteorologista do Instituto Tecnológico Simepar, Lizandro Jacobsen, enquanto janeiro reserva em boa parte garoa e céu encoberto nas praias ao turista, nas regiões Oeste, Sudoeste e Norte, as chuvas serão irregulares, preocupando o agricultor. ?A tendência é que isso se estenda até a segunda quinzena de fevereiro, que deve ser um mês mais quente, com menos chuva, predominando aquelas pancadas de verão?, adianta.
As temperaturas devem ser mais amenas no litoral que no interior do Estado, pois as frentes frias tendem a ser desviadas para o oceano antes mesmo de mostrarem seus efeitos ao continente. ?No Leste – incluindo o litoral norte de Santa Catarina e as praias ao sul de São Paulo -, a temperatura máxima pode oscilar, em média, entre 27º e 28º. Mas também haverá dias muito quentes e outros mais amenos, com variações entre 20º ou 22º, que é a tendência caso o tempo fique nublado ou chuvoso. No interior a média deve ficar acima dos 30º, pois não tende a haver dias nublados?, explica Jacobson.
Com isso, fica o aviso: o Instituto não descarta a possibilidade de estiagem, mas há poucas possibilidades de ser tão severa como a do início deste ano. ?Estamos alertando os agricultores para se prepararem porque em alguns pontos do setor agrícola deve ter períodos curtos de estiagem.?
O motivo de mais chuvas logo no início do verão é que forma-se, nessa época sobre a região Sudeste, a zona de convergência do Atlântico Sul. ?Funciona como se fosse uma frente fria parada, ocasionando chuvas seguidas localmente. O vento sudoeste também predomina, dando sensação de temperaturas mais baixas?, explica o meteorologista. Ao mesmo tempo que o fenômeno provoca tempo encoberto no litoral, acaba afastando as chuvas no interior, funcionando como um bloqueio.
Em março, devemos estar sob a influência do fenômeno La Niña, para terminar o verão com temperaturas mais amenas e menos chuvas.
Cuidados
Independente das variações, o calor está chegando, e é sempre bom lembrar dos cuidados a serem tomados no verão. O médico Valderílio Feijó cita alguns deles, como cautelas com a desidratação, sendo necessário ingerir de dois a quatro litros de líquido por dia. ?Não precisa ser só água, mas sucos também?, indica. ?A alimentação também deve ser mais moderada nos lipídios e gorduras, que pesam no estômago, e as roupas precisam ser leves, principalmente para as crianças?, complementa. Também fica a dica de manter a rotina dos exercícios para não perder o pique e tomar os velhos cuidados com o sol.