Foto: Ciciro Back

Carros têm que dar meia-volta no local em que obras estão paradas.

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Moradores e comerciantes da Avenida Vereador Vadislau Bulgaski, em Almirante Tamandaré, estão revoltados com a Prefeitura. O motivo da indignação é o ritmo lento nas obras para melhorias na via, que começou há dois anos e ainda não se encerrou.

Eles reclamam também que foi fechada uma parte da avenida, que liga diretamente com a Rodovia dos Minérios, uma das principais ligações entre Almirante Tamandaré e Curitiba.

Para o comerciante Alísson César Alves, o atraso nas obras está gerando diversos transtornos. ?Só nesse trecho, estão mexendo há três meses. Até agora não tem nada pronto. Prometeram a conclusão da obra para o final do mês, mas nesse ritmo eu duvido que terminem. Como pode observar, as máquinas estão paradas. Além disso, o bloqueio da rua atrapalha quem depende de ônibus, já que o itinerário dele foi alterado?, afirma. Alves disse ainda que não há sinalização no local para avisar que a rua está fechada. ?Dias atrás, um motoqueiro passou aqui de noite e não sabia que havia uma barreira para impedir o tráfego. Ele capotou e precisou ser socorrido pelo Siate. Os carros chegam até aqui e precisam dar meia-volta para poder pegar a Rodovia dos Minérios?, reclama.

Segundo o secretário de Obras e Infra-Estrutura do município, Dilaor Machado, não faz dois anos que as obras começaram. Ele comenta que o serviço está atrasado, mas a Prefeitura vem tomando uma série de medidas para agilizar os trabalhos. Ele explica que as obras deveriam começar em fevereiro de 2007, mas tiveram que ser paralisadas porque uma das empresas que perdeu o edital de licitação contestou o resultado na Justiça. A revitalização da rua só começou efetivamente em abril. No entanto, ocorreu um novo problema: a via têm 7,3 quilômetros de extensão e foi dividida em três lotes. A empresa que assumiu o lote três não quis nem iniciar a obra, alegando que não teria condições de levá-la adiante devido aos meses em que ficou embargada.

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Foi necessário mais dois meses para que outra empresa tomasse o lugar e só em julho é que as obras tiveram início naquele trecho. Mesmo assim, os trabalhos não andaram no ritmo esperado. Segundo o contrato firmado, toda a estrada deveria estar concluída em dezembro de 2007. Como isso não ocorreu, a Prefeitura aplicou uma multa para as empresas responsáveis e fez um aditivo dando prazo para que a revitalização fosse concluída em maio deste ano. Segundo Dilaor, durante as vistorias nas obras no início deste ano foram aplicadas duas novas multas para cada empresa, já que as obras continuaram em ritmo lento. Além disso, a empresa que assumiu o lote três desistiu há um mês e as obras estão paradas. Dilaor acha que no máximo em 10 dias outra empreiteira assumirá os trabalhos.

O secretário disse ainda que a Prefeitura está estudando a possibilidade de responsabilizar as empresas pelos atrasos e estuda o rompimento dos contratos. Ele prevê que a avenida fique pronta apenas no segundo semestre. Depois de concluída, a avenida terá pista de onze metros de largura, com passeios e calçadas. Será a principal ligação com Curitiba, já que é paralela a Rodovia dos Minérios.

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A revitalização está orçada em R$ 3,7 milhões.