Espera de até seis horas na Unidade de Saúde do Pinheirinho

Quem precisou de atendimento médico na unidade de saúde 24h do Pinheirinho ontem à tarde teve de esperar durante um bom tempo nos corredores. Apesar de os oito médicos estarem trabalhando regularmente, o posto está sobrecarregado por causa das reformas nas unidades do Sítio Cercado e do Fazendinha. A média era de quatro a seis horas de espera para cada paciente e apenas os casos de urgência eram priorizados.

O movimento atípico na unidade surpreendeu os médicos e irritou pacientes. A dona de casa Elídia dos Santos chegou às 10h na unidade junto com o filho, que apresentava febre alta. Até as 15h10, o garoto ainda não havia sido atendido. ?Ele teve de ser transferido e só pela ambulância a gente esperou três horas?, contou. O paciente Giovani Brezolin foi transferido da unidade do Parolin para a do Pinheirinho, para atendimento de emergência, e também esperou cerca de três horas. ?Resolvi voltar para casa e procurar um médico particular, não tinha como continuar esperando?, disse.

Marilene Gomes, que também esperava atendimento, se indignou com a situação. ?Acho um absurdo, uma falta de respeito com a gente. Concordo que os casos de urgência têm prioridade, mas acho que se são tantos assim, deveria haver um local separado para atendimento?, reclamou. Durante a tarde, o último paciente da fila tinha de esperar até 95 atendimentos para conseguir se consultar.

O diretor do sistema municipal de atendimento de urgência, Matheos Chomatas, alega que a unidade, além da demanda acumulada, está sobrecarregada por causa dos muitos pacientes que vêm da Região Metropolitana. Segundo ele, o movimento ontem era atípico. ?O tempo de espera varia normalmente de 30 minutos a duas horas, mas é verdade que nos horários de pico (entre 9h30, 13h30 e 17h30) esse tempo chega a 3 horas e meia?, declarou. A recomendação é que as pessoas procurem atendimento primeiro em suas unidades básicas e se desloquem à 24 horas somente em casos de emergência. Chomatas estima que em setembro o número de médicos na unidade também seja aumentado nos horários de pico para até onze profissionais. 

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