Gralha azul, onça-pintada, macaco muriqui, gato-maracajá e jacutinga são algumas das principais espécies animais ameaçadas de extinção no Paraná. Ao todo, 344 espécies da fauna paranaense correm o risco de desaparecer do território, de acordo com levantamento feito pelo Instituto Ambiental do Paraná (IAP).
A maioria dessas espécies ameaçadas é composta por aves (167), ranking seguido pelos mamíferos (56), peixes (50), anfíbios (25), abelhas (18), borboletas (15) e répteis (13). O que fazer para proteger esses animais, como aumentar a população das espécies e discutir políticas de proteção da fauna foram os destaques no Encontro sobre Políticas de Conservação e Gestão da Fauna, realizado ontem em Curitiba. “Esperamos buscar articulação com vários segmentos, não só governamentais, mas principalmente do setor privado e da sociedade civil para atuarem de forma conjunta na conservação de fauna”, aponta o presidente do IAP, Vitor Hugo Burko.
Tão importante quanto a preservação das espécies é o combate aos animais invasores, destaca Burko. “O Paraná está na vanguarda nesta questão. Fomos o primeiro estado a fazer uma lista dos animais invasores, que são uma grande ameaça à biodiversidade e ocupam os espaços das espécies nativas”, afirma. No Paraná, algumas dessas espécies invasoras são a lebre europeia, a pomba doméstica e o javali, que fazem parte do programa de erradicação de espécies invasoras.
De acordo com o IAP, o Paraná foi o Estado pioneiro em regulamentar, em 2005, a extração das espécies invasoras de unidades de conservação. Entre os exemplos de ações do programa, foi feita a remoção de espécies exóticas invasoras que estavam ameaçando a vegetação nativa do Parque Estadual do Monge, na Lapa.
A política paranaense de proteção à fauna silvestre desencadeou a criação do Sistema Estadual de Proteção à Fauna (Sisfauna), com a definição de princípios, alvos, objetivos e mecanismos de execução da política de proteção às espécies. A ideia é formar uma rede integrada direcionada à conservação da fauna, por meio de ações como educação ambiental, intensificação da fiscalização e pesquisas científicas com as populações naturais das espécies pertencentes à fauna paranaense.
