Começou ontem em Curitiba, o 1.º Workshop Avanços em Urologia, reunindo os maiores especialistas internacionais da área. O evento, que vai até amanhã, está mostrando os últimos avanços no tratamento do câncer de próstata, destacando a utilização da tecnologia no processo.
O destaque do workshop será o debate sobre a braquiterapia, que é a implantação de sementes radioativas no interior da próstata, para acabar com o tumor do local. O processo foi implementado no País pelo médico Edson Ponte e pelo urologista e cirurgião Sérgio Bassi, que explicou como funciona o tratamento.
“O paciente, que antes passava por uma cirurgia para a retirada do órgão, recebe, através de uma agulha, as sementes radioativas, de aproximadamente 0,4mm de diâmetro. Esse procedimento acontece há dezessete anos no resto do mundo e há cinco anos no Brasil, e é realizado por um robô – o Isoluader.” “Na média, o paciente fica internado de 5 a 7 dias quando realiza a cirurgia tradicional, no outro caso, só bastam 12 horas de recuperação”.
Apesar das investidas tecnológicas contra o câncer de próstata, Bassi alertou para a importância dos testes para verificação da presença ou não de um tumor. Eles podem ser realizados de duas formas: morfologicamente – toque e ecografia, e metabolicamente: através do exame de sangue. “Os homens devem realizar o teste do toque ou uma ecografia aos 45 anos, e para os que possuem casos da doença na família, aos 40 anos”.