As mudanças trazidas pelo Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica (Fundeb), regulamentado no último mês de junho e implantado em substituição ao Fundo de Manutenção e Desenvolvimento do Ensino Fundamental (Fundef), foram temas de discussões, ontem, na Câmara Municipal de Curitiba. Segundo participantes do evento, ainda é muito cedo para avaliar de forma concreta as mudanças, o que só deve acontecer no fechamento do exercício da educação de 2007, em março do próximo ano.
Porém, já é possível fazer algumas reflexões sobre vantagens e desvantagens trazidas pelo novo fundo. O mecanismo tem duração de 14 anos e visa estender, de 30 para 47 milhões, o número de alunos de creches, educação infantil e especial, ensinos fundamental e médio e educação de jovens e adultos. ?Em relação ao Fundef, o Fundeb trouxe diversos avanços, tanto no que diz respeito ao aumento de receita quanto na demanda inteira da educação brasileira. Dentro das escolas, por exemplo, ele pôs fim à discriminação entre os níveis de ensino da educação básica. Acabou com a idéia de professores de primeira e segunda categoria, sendo que antigamente ninguém queria trabalhar com ensino infantil?, disse o secretário de assuntos especiais do Sindicato da Associação dos Professores do Paraná (APP-Sindicato), Edílson de Paula.
Já para a professora e chefe do Departamento de Administração Escolar e Economia da Educação da Universidade de São Paulo (USP), Lisete Gomes Arelaro, o Fundeb minimiza alguns problemas, mas não os resolve. ?O custo com educação infantil previsto pelo Fundeb é menor do que realmente se gasta. Por isso, estados e municípios terão que entrar com recursos adicionais.?