Embora sejam consideradas econômicas, as lâmpadas fluorescentes, normalmente utilizadas em escritórios e ambientes industriais, podem representar um grande risco ao meio ambiente e à saúde da população. Isso acontece porque, segundo especialistas, elas contêm mercúrio e emitem raios ultravioleta.
?O mercúrio é um metal pesado bastante agressivo. Existem estudos que afirmam que uma gota do mercúrio presente nas lâmpadas fluorescentes é capaz de matar até dez pessoas?, comenta o diretor do Departamento de Limpeza Pública da Prefeitura de Curitiba, Nelson Xavier.
Para minimizar os perigos, Nelson aconselha que as lâmpadas nunca sejam jogadas no lixo comum, nem depositadas no lixo que não é lixo. O certo é entregá-las ao caminhão de coleta especial que, durante todo o mês, percorre os terminais de ônibus. ?O serviço é exclusivamente voltado a lâmpadas utilizadas em ambiente doméstico. Dessa forma, são aceitas no máximo seis lâmpadas por pessoa.?
A medida evita que o mercúrio vaze para o solo, contaminando a água do lençol freático e os produtos agrícolas. As lâmpadas recolhidas recebem tratamento especial e são levadas para reciclagem. Tudo, inclusive o mercúrio, pode ser reutilizado.
Para algumas pessoas mais sensíveis, as lâmpadas fluorescentes também podem representar risco à saúde da pele. De acordo com o dermatologista Jesus Rodriguez Santamaria, podem ter problemas, principalmente, mulheres grávidas ou que tomam pílulas anticoncepcionais e apresentam maior sensibilidade a raios ultravioleta. ?Embora as lâmpadas emitam pequena quantidade de raios, os mesmos podem estimular a produção de melanina em pessoas sensíveis, contribuindo com o aparecimento ou aumento da quantidade de manchas na pele?, finaliza.