Escolha de áreas na RMC para destino de lixo gera debate

Municípios da Região Metropolitana de Curitiba (RMC) estão decretando terrenos como de utilidade pública para fins de desapropriação para o Consórcio Intermunicipal para Gestão de Resíduos Sólidos Urbanos.

A medida é necessária para que sejam feitos os estudos de impacto ambiental para checar se a área em questão pode ou não ser utilizada para o tratamento do lixo previsto pelo consórcio.

A partir do decreto, a área não pode mais ser comercializada. Em Fazenda Rio Grande, o decreto foi publicado no Diário Oficial do município no início deste mês e prevê uma área de pouco mais de 262 mil hectares na região agrícola.

O prefeito de Fazenda Rio Grande, Antonio Wandscheer, esclarece que o decreto acena como uma opção para a escolha do terreno para o consórcio.

?A partir do decreto, há cinco anos de prazo para que a área seja desapropriada ou não. É uma possibilidade legal e ambientalmente correta, caso o terreno seja liberado para o consórcio. Ao contrário de outros municípios, Fazenda Rio Grande não está se fechando para a questão. Está disposta a discutir o assunto e ajudar a resolver o problema do lixo?, afirmou.

Opinião divergente é a do deputado estadual Geraldo Cartário (PDT), que é contra o recebimento de lixo da região no município de Fazenda Rio Grande.

?O município não tem zona rural e tecnicamente não tem condições de absorver o lixo produzido por toda a RMC. Essa nova área desapropriada fica onde nascem mananciais que fornecem água para a população e sempre existe o risco de contaminação. Isso é preocupante?, alertou.

Aterro

Na semana que vem, uma equipe da Prefeitura de Fazenda Rio Grande se reunirá com representantes da Companhia de Saneamento do Paraná (Sanepar) para discutir a criação de um aterro próprio para o município. Hoje, o volume de lixo é enviado para o Aterro da Caximba, em Curitiba.

A construção do aterro, que também prevê atendimento aos trabalhadores locais da reciclagem, seria possível com recursos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e está estimado em R$ 20 milhões. A escolha pelo local mais viável está em fase de estudos e, de acordo com o prefeito, deve ser definido pelo Instituto Ambiental do Paraná (IAP).

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