Escola infantil em Londrina pode fechar

Os professores da escola de educação infantil professora Adelina Castaldi Novaes, localizada no centro de Londrina, estão revoltados porque a unidade que funciona há 16 anos vai ter que fechar as portas. O estabelecimento funciona, sem pagar aluguel, em um prédio que pertence ao Fundo de Previdência dos Servidores do Estado. O diretor-presidente do Paraná-Previdência, Ricardo Smijink, explica que a medida está sendo adotada porque existe uma lei estadual determinando que todos os imóveis do fundo precisam gerar renda.

A escola foi fundada em 1979 pelo Instituto de Previdência do Estado para atender filhos de funcionários públicos. Com o tempo, o estado parou de contribuir e os pais foram ficando responsáveis pela manutenção da escola. Com o fechamento do Instituto, os bens foram repassados ao Paraná-Previdência, que agora exige o prédio de volta.

Desde 2000 a cooperativa de pais que administra a escola tenta convencer o órgão a continuar emprestando o prédio. O impasse acabou indo parar na Justiça, com pedido de reintegração de posse. Um dos pais, que representava a cooperativa, fez um acordo com a Paraná-Previdência para deixar a casa no dia 20 de dezembro do ano passado. Porém, os outros pais não gostaram da idéia e entraram com recurso para pedir a anulação do acordo.

A professora Ozenilda da Silva Baggio explica que não sabe se a ação impetrada por eles foi julgada. Mas eles já receberam uma notificação de um oficial de justiça pedindo que retirassem todos os móveis da escola. Ozenilda não se conforma com a situação. “Temos aqui até filhos de ex-alunos”, explica. Ricardo afirma que a secretária municipal de Educação de Londrina se comprometeu a procurar outro prédio público na cidade para que a escola não feche as portas.

Hoje trabalham na unidade, sete professoras, uma cozinheira e três auxiliares. Ano passado estudaram lá 78 crianças, filhos de funcionários públicos e da comunidade em geral.

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