Escola árabe tem vagas para ensino fundamental

Marco da história da imigração árabe no Estado, a Escola Árabe-Brasileira do Paraná inicia suas atividades em fevereiro do próximo ano. Com quatro turmas, de primeira a quarta série, a instituição está ofertando disciplinas do currículo tradicional de ensino, estabelecido pela Secretaria de Estado da Educação.

“Foi com grande alegria que recebemos a permissão da Seed para funcionamento”, destaca o professor Jamil Ibrahim Iskandar, presidente da Sociedade Beneficente Muçulmana do Paraná, mantenedora da instituição. Antes de conceder a licença, o governo estadual fez uma rigorosa inspeção no estabelecimento, verificando desde a infra-estrutura física às condições de segurança.

Pluralismo

A Escola Árabe-Brasileira do Paraná é destinada a toda a comunidade curitibana, independentemente da origem étnica e credo. “Nosso objetivo é ministrar uma educação pluralista”, destaca Iskandar.

Alicerçada no binômio ensino de qualidade/sólida formação moral, a instituição buscará a promoção do ser humano e a formação para a cidadania. As turmas não terão mais de vinte alunos e as aulas serão à tarde. Um diferencial é a oferta das disciplinas de Idioma Árabe e Cultura Islâmica, em caráter optativo.

As matrículas poderão ser feitas já a partir do dia 5 de janeiro. Para tanto, basta dirigir-se à secretaria da escola, à Rua Doutor Kellers, 483, Alto do São Francisco ? próximo à Praça Garibaldi. A partir desta data estará funcionando, também, o atendimento telefônico, pelo número (41) 223-3134, entre as 13h30 e 17h. Não será cobrada taxa de matrícula.

Integração

“Fruto do esforço e investimento da comunidade árabe de Curitiba, esta escola é um presente que dedicamos a todos os nossos irmãos brasileiros”, declara Iskandar. “É uma contribuição que damos no sentido de ampliar as opções de educação e cultura na nossa cidade.” Ele pondera que as mensalidades são atrativas, pois a instituição não tem caráter lucrativo.

A escola é um sonho antigo da comunidade árabe de Curitiba. “Os imigrantes, que começaram a chegar ao Estado no início do século passado, dedicaram-se ao comércio e prosperaram no Brasil. É uma retribuição que damos à generosidade brasileira”, observa Iskandar.

A escola de ensino fundamental é o embrião de um projeto maior. Em breve, estará sendo ofertada uma turma de Jardim III. Numa etapa seguinte serão acrescentadas turmas de ensino médio. O objetivo é criar, no futuro, uma instituição de ensino superior.

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