Solução para acabar com a erosão na região não é tão simples como aparenta. |
Os moradores da Lapa, Contenda, Araucária, Campo Largo e Balsa Nova estão preocupados com a freqüente ocorrência de erosão na região. Segundo o presidente da Associação Ecorios, Iolando Wojcik, desde 1999, eles estão tentando buscar ajuda das autoridades para resolver o problema.
“Não sei mais o que fazer, já estou cansado de ir em reuniões e nada acontecer”, reclama Wojcik. Entre as reivindicações feitas pela Ecorios para o combate do desgaste do solo estão a maior divulgação de informações sobre o uso adequado da terra e a fiscalização desse trabalho. “Se ao menos isso fosse feito, com certeza não haveria tanta erosão”, acrescenta Wojcik.
Para o chefe da fiscalização do uso do solo da Secretaria de Estado da Agricultura, engenheiro agrônomo Filipe Braga Farhat, a solução para acabar com a erosão nessa região não é tão simples quanto aparenta, pois além de o solo apresentar condições desfavoráveis, a forma incorreta ou até mesmo a tradição dos agricultores em cultivar o solo erroneamente contribui para o fenômeno. “Mesmo com a fiscalização, que ainda não possui uma estrutura adequada para atender toda a região, a resistência dos agricultores em mudar a forma de cultivo é muito grande. O que falta é uma campanha de educação eficaz, que conscientize a população sobre a importância de o solo ser utilizado corretamente”, afirma Braga.
Projeto
Segundo o engenheiro agrônomo José Carlos Caldasso da Silva, da Empresa Paranaense de Assistência Técnica e Extensão Rural do Paraná (Emater-PR), em parceria com o Banco Mundial (Bird), a empresa lançou, em 1998, o projeto Paraná 12 Meses. Entre os principais objetivos do programa estão o controle da erosão e o aumento da fertilidade do solo. “Os agricultores recebem apoio de equipamentos e produtos. Com isso, cultivam o solo de uma forma correta, evitando o desgaste da terra. Esses projetos são de fundamental importância, pois sem solo não tem planta e sem planta não tem comida”, acrescenta Caldasso.