A erosão é um dos principais problemas do litoral do Paraná. A conclusão é de um estudo realizado pela Universidade Federal do Paraná (UFPR), em conjunto com instituições de outros estados, que mapearam o impacto da ocupação humana no litoral do território brasileiro. A pesquisa será publicada e deve orientar a tomada de decisões políticas para esses locais.

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Cerca de 70% da população brasileira vive nos municípios costeiros ou próximo deles, em 17 estados. Devido a isso, o impacto nessas regiões é muito grande.

No Paraná, um dos problemas é a erosão provocada pela ocupação irregular do solo. O professor citou como exemplo a praia de Caiobá, em Matinhos. A construção da Avenida Beira- Mar tirou a faixa de areia que servia como proteção.

Agora, resolver o problema não é muito simples. Uma das alternativas seria o engordamento da praia. No entanto, por ser um local com muitas ondas, seria uma árdua tarefa.

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Mas melhor do que tomar medidas para amenizar a erosão é evitar que ela apareça.

A cidade de Pontal do Paraná, por exemplo, não tem avenida beira-mar e, por isso, pode preservar a faixa de areia, garantindo a proteção da costa. ?Prevenir o aparecimento da erosão é mais barato e possível. Agora, quando se inicia o processo de erosão, é muito difícil resolver o problema?, comenta o professor de geologia do Laboratório de Estudos Costeiros da UFPR, Rodolfo José Angulo.

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Ele explica que o estudo começou em 2001 incentivado pelo Ministério da Ciência e Tecnologia, além de outras entidades como o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq). Através da pesquisa foi formada uma rede de monitoramento que vai dar continuidade ao trabalho.

São 220 pesquisadores de 17 instituições trocando informações. Os temas que estão sendo estudados são a Pesca Marítima Sustentável, Qualidade Ambiental e Biodiversidade, além de Monitoramento – Modelagem, Erosão e Ocupação Costeira.