Equipes resgatam o ex-goleiro Ricardo Pinto

O ex-goleiro Ricardo Pinto vai poder torcer pelo Atlético hoje, na partida contra o Vasco. O ídolo atleticano, que no ano passado trabalhou como preparador de goleiros, estava desaparecido desde quarta-feira.

Ricardo Pinto, seus amigos Ivan Pinto Ribeiro e Juarez Gams e o marinheiro Jorge Colaço saíram para pescar em Balsa Norte, litoral paranaense, às 8h30 do dia 3 e tiveram problemas no barco em que estavam, a cerca de 50 km da costa, fora da área de cobertura da telefonia celular. “Deu uma pane elétrica e a embarcação ficou à deriva”, conta. Como o grupo assegurou que voltaria três horas após a saída e o barco não voltou, a esposa do jogador, Andressa, ficou alarmada e comunicou à Capitania dos Portos. Foi o que salvou o grupo.

Ontem, às 10h30, a embarcação foi localizada entre as ilhas de Currais e Itacolomi, por marinheiros que estavam empenhados na busca. Todos passavam bem, apesar de estarem um pouco desidratados. “O que mais apavorou a gente foi a impossibilidade de comunicação. Ficamos naquela expectativa, imaginando se seríamos encontrados. Apesar de tudo, o marinheiro que nos acompanhava era bastante experiente e, mesmo nos momentos mais difíceis, nos deu muita força”, diz.

Como ficariam poucas horas no mar, Ricardo conta que a bordo havia apenas sanduíches, frutas e água. “Era pouca comida, mas o que pegou mesmo foi o fato de não estarmos com casacos e capas. Passamos duas noites de muito frio, ainda mais com o tempo chuvoso”, conta.

Resgate

A embarcação com os quatro foi rebocada para a localidade de Pontal do Sul, em Pontal do Paraná. As buscas demoraram devido às más condições de tempo no litoral.

Foram colocadas à procura do barco equipes do Corpo de Bombeiros, Capitania dos Portos e da Força Aérea Brasileira (FAB), além de um navio da Marinha, o Faloreiro Mário Seixas. Um helicóptero, contratado pela família do ex-jogador, também ajudou.

Passado o susto, Ricardo Pinto brincou com a situação. “Foi a primeira e última vez que saí para pescar de barco. Melhor ficar com os pés no chão”, garante. Sentindo-se “renascido”, Ricardo vai continuar se dedicando a sua escolinha de futebol, que fica no Portão, bem longe do mar. “Tenho toda uma estrutura em Curitiba e não penso em voltar a trabalhar como preparador fora daqui, a não ser que surja uma ótima proposta.” Apesar de ter sido afastado do Rubro-Negro, Ricardo garante que continua torcendo pelo clube e fica feliz de estar bem para poder ver o time se classificar para a Copa Sul-Americana. “Tenho certeza que o clube se classifica e volta para o cenário internacional”, aposta. (colaborou Cintia Végas)

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