Equipes da Defesa Civil, Instituto Ambiental do Paraná (IAP) e da companhia Ipiranga trabalham desde ontem na retirada de óleo diesel que vazou no Rio Alegria, perímetro urbano de Medianeira, oeste do Estado. O cheiro do combustível já incomodava os moradores há dias, mas a reclamação junto à Prefeitura da cidade foi feita somente no início desta semana. Testes foram realizados ontem para detectar a origem do óleo. As suspeitas apontam para um posto de combustíveis a cerca de 300 metros do local, onde as equipes já verificaram possível vazamento em uma das bombas de combustível.
Na última terça-feira (16), os bombeiros identificaram uma espécie de ?mina? de óleo em uma das margens do rio e, para estancá-la, utilizaram bóias de contenção. ?No mesmo dia, começamos a trabalhar na retirada do material?, conta o subtenente Gerson Santini, do Corpo de Bombeiros. O passo seguinte foi construir uma vala lateral para chegar à vertente provavelmente vinda do lençol freático – antes que o combustível desembocasse no rio. Ontem, as equipes contabilizavam cerca de cem litros de óleo retirados da água.
Suspeita-se que o óleo seja proveniente do Posto Capri, localizado à beira da rodovia BR-277, na parte de cima do rio. Apesar de o proprietário afirmar que a checagem no nível dos tanques é feita diariamente e que nunca constatou perdas, ontem o IAP exigiu o esvaziamento dos mesmos. Equipes da Ipiranga, marca da bandeira do posto, chegaram ontem ao local para verificar um possível vazamento. Os primeiros testes, feitos com nitrogênio, indicaram perda na pressão do gás em um dos tanques – o que pode significar que o combustível vazava por ali. Mas para se certificar disso os técnicos isolarão toda a tubulação do tanque e repetirão o teste, trabalho que deve ser concluído somente hoje.
De acordo com o subtenente, com o esvaziamento dos tanques aparentemente diminuiu a quantidade de óleo que vertia nas margens do rio. Ele afirma ainda que não foi detectada até o momento mortandade de peixes. Do Rio Alegria é retirada água para abastecimento do município, mas, segundo Santini, a captação é feita em área distante de onde ocorreu o vazamento, na parte superior do rio, o que excluiria a possibilidade de contaminação.
O IAP informou ontem que solicitou ao proprietário do posto cópia do projeto do estabelecimento. A empresa Ipiranga também deve ser notificada a apresentar estudo de passivo ambiental feito no local, uma vez que, se confirmada a origem do vazamento, ambos terão de responder pelos prejuízos causados ao meio ambiente.
