Para 2006 ser um ano bom, as dicas são muitas. Para sorte, roupas íntimas novas. Para fartura, lentilha é a melhor opção. Se é dinheiro que você quer, coma romã e guarde as sementes na carteira. Quem nunca usou dessas e de outras artimanhas na festa da virada de ano? Muitas são as superstições e os supersticiosos. Porém as previsões, que também não são poucas, ficam por conta de astrólogos, tarólogos e numerólogos. Será que 2006 será de fato um bom ano?
É isso o que muita gente espera quando visita a Pirâmide Livraria, no centro de Curitiba, à procura de produtos básicos para o primeiro dia do ano. "A gente vende Banho do Amor, que é uma mistura de ervas e pedra; Banho de Ervas; Banhos Ciganos, do amor e da atração; velas, que são acessas no Ano Novo, para pedidos de amor, prosperidade, emergência, dinheiro e até para encontrar a alma gêmea. Esses produtos são os mais procurados", explica a funcionária Maria Ângela Araújo.
Independente do produto escolhido para a passagem do ano, a numeróloga EProhmann garante que 2006 terá características bem diferentes deste ano que está se encerrando. "2005 foi o ano 7 na numerologia. Este ano as máscaras cairiam. O que aconteceu na política foi próprio do ano. 2005 foi um ano espiritual. 2006 é o ano 8 e, ao contrário, será um ano material, mas que também exigirá justiça", garante.
Segundo a numeróloga, em 2006 as empresas poderão ousar mais e o governo, se acertar as contas, terá prestígio. Será um ano de sucesso material e também um ano que não favorece ao paternalismo. Ou seja, é ano de, ao invés de dar esmolas, concretizar a ajuda. "Pagar dívidas e cobrá-las será favorecido. 2006 também é um ano favorável para projetos e planos sociais e diplomáticos. Todos os projetos elaborados em 2005, devem ser aplicados em 2006", afirma EProhmann.
O astrólogo João Acuio descreve o que vê no mapa astral do País para 2006. Ele concorda que a crise diminuirá e que a política não será tão evidenciada em 2006. No entanto, os protagonistas serão outros. Acuio garante que o ano que entra será também de questionamentos decisivos. "Algumas questões são colocadas. Uma delas é a comunicação: a tevê e o rádio. Em 2006, quem será colocado na berlinda será o Judiciário. Eles serão os protagonistas nesse ano e os meses decisivos para eles são fevereiro, março, dezembro e até janeiro de 2007", explica o astrólogo.
Outra previsão do profissional é uma surpresa para daqui dez meses: pode ser nas eleições. "Vai ser um ano bom. O Brasil terá muita glória no exterior. Maio e junho serão meses importantes, de novas parcerias a serem feitas", afirma Acuio.
Para Curitiba, astrologicamente, muita coisa também acontecerá. "A gente precisa reconstruir a nossa identidade. Existe uma situação de redefinição de papéis. As universidades de Curitiba terão muito destaque", garante.
O astrólogo ainda prevê fatos um pouco trágicos – "talvez Curitiba tenha a perda de alguma autoridade religiosa" -, mas também coisas muito boas – "2006 tem uma característica de renovação para Curitiba. A cidade ficará menos careta e um destaque no mapa astral da cidade, até dezembro, é o cinema e a música. Curitiba tem um grande destino de ser um pólo dessas artes no Brasil", completa João Acuio.
Curitiba terá 2006 marcado pela amizade
Na visita à taróloga Zoe de Camares, as previsões para Curitiba também vieram intuitivamente. A equipe de reportagem de O Estado foi quem tirou as treze cartas para a cidade, no Tarot de Rider Waite. Já logo na primeira carta para 2006, uma torre. "É a carta de quebra. Algo que a cidade acredita como sendo estrutural quebra. Teremos acontecimentos marcantes", esclarece Zoe.
Outra previsão para 2006, interpretada pela taróloga, é o destaque para as mulheres na comunicação e na produção da cidade. No entanto, para a política, a taróloga prevê características desapontantes. "Muita enrolação e demora. Há dinheiro na cidade, mas esse dinheiro está difícil de ser conseguido, resgatado", diz Zoe.
Apesar de aspectos um pouco tristes, ainda segundo a taróloga, as cartas mostram que será um ano para grupos se unirem, as sociedades e os agrupamentos vão estar favorecidos. "É um ano muito alegre para Curitiba: ano de amigos, festa e arte", conclui Camares. (NF)
