Morador da Vila Sabará, na CIC, há mais de 20 anos, o motorista José Maria Souza está na bronca com a bagunça que ficou em frente à sua casa após a desocupação de 150 famílias, que moravam em área de risco à beira do Rio Barigui. Após a demolição das casas, o entulho que ficou no local acabou gerando uma série de transtorno aos moradores da Rua Leony Medeiros Guimarães. Além das montanhas de caliça que ficaram na região, as pessoas ainda tiveram que lidar com os ratos que acabaram tomando conta do local.
Gerson Klaina |
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Dona Fátima: em dias quentes é insuportável. Veja na galeria de fotos a situação. |
“Tem dia que vemos um monte de ratos correndo por cima do entulho, na beira do rio e até no meio da rua. E a gente sabe que esse bicho passa doenças e ainda tem crianças brincando na rua. Fica perigoso pra todo mundo”, afirma Seu José.
Dona Fátima Costa Ribeiro, que possui uma pequena mercearia no bairro, conta que por causa dos alimentos que mantém no comércio, os ratos vivem rondando o local. “Às vezes nos deparamos com alguns deles aqui na frente e metemos a vassoura pra espantar”. A comerciante ainda conta que o entulho gera mau cheiro pelo bairro. “Em dias quentes é insuportável”, desabafa.
Gerson Klaina |
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Seu José: fica perigoso pra todo mundo. Veja na galeria de fotos a situação. |
Seu José conta que alguns moradores da localidade contribuem pro mau cheiro e a procriação. “Volta e meia vemos alguns vizinhos chegando com um baita latão de lixo e jogando nos entulhos. E o pior é que aqui no bairro passa caminhão de lixo certinho e ainda o Lixo que Não é Lixo. Então falta educação pro povo também”, conta.
Fim do problema?
Apesar da reclamação dos moradores, a situação já se encaminha pra uma solução. Equipes da prefeitura já trabalham no local pra retirada de entulhos há pouco mais de mês. De acordo com os funcionários da prefeitura, a média é de 40 caminhões de caliça retirados por dia.
Gerson Klaina |
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Normando Tessari. Veja na galeria de fotos a situação. |
Cadê a passarela?
Trabalho de um lado da BR-476 e residência do outro. Embora casa e trabalho fiquem próximas, o técnico de informática Normando Tessari sabe que todo dia perde menos 20 minutos pra conseguir cruzar a rodovia. “Tem gente que sai mais perto do horário de pico e perde até uma hora pra conseguir atravessar, sempre correndo risco de um carro ou caminhão pegar”, conta. ‘‘J&aa,cute; morreu gente, já fizeram protesto, mas a resposta foi um radar que protege quem atravessa”.
Gerson Klaina |
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Inês Barbosa. Veja na galeria de fotos a situação. |
Som nas alturas
No último domingo, a aposentada Inês Barbosa, 71 anos, foi à igreja, mas não ouviu uma palavra da pregação do pastor. “Tinha uma piazada com o som tão alto, que tiveram que cancelar o culto e marcar pra outro horário”, conta. Segundo ela, o abuso do volume é constante. “No fim de semana acontece mais, mas é quase todo o dia”. Segundo policiais militares da Unidade Paraná Seguro (UPS) da Vila Sabará, o som alto nos carros é um dos problemas mais recorrentes no bairro, mas os jovens têm respeitado as advertências feitas em abordagens diárias.
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