As entidades médicas do Paraná convocaram todos os médicos e estudantes de medicina para assembleia geral extraordinária, às 19h de hoje. No encontro serão definidas as medidas que a categoria adotará em relação às mudanças que o governo federal quer implantar no setor da saúde. A greve não está descartada.
Entre os principais assuntos da pauta estão o programa Mais Médicos, que amplia a presença de profissionais em regiões mais carentes, ofertando bolsas de R$ 10 mil; além do veto parcial da presidente à regulamentação da medicina (Ato Médico), do aumento do tempo do curso de medicina de seis para oito anos e da vinda de médicos estrangeiros em caráter emergencial.
Reivindicações
Segundo a diretora do Simepar (Sindicato dos Médicos no Estado do Paraná), Claudia Paola Carrasco Aguilar, os médicos querem estrutura para trabalhar de forma eficiente. “Queremos unidade de saúde equipada com medicamentos básicos, local para referenciar os médicos, que não falte material mínimo. Eu trabalhei no interior e sei que o médico precisa muitas vezes comprar o medicamento básico, como dipirona, paracetamol e material cirúrgico”, relata a médica.
Claudia trabalhou em hospitais no Norte do País onde a situação era precária. “Tinha hospital onde faltava luva e precisava lavar para reaproveitar”, conta. Ela acredita que a paralisação dos médicos no Paraná possa ser aprovada na assembleia na sede da Associação Médica do Paraná (AMP), na Rua Cândido Xavier, 575, Água Verde.