Está sendo criada em Curitiba uma associação para ajudar pessoas que têm doenças inflamatórias intestinais, como a doença de Crohn e a retolite ulcerativa. As duas são pouco conhecidas e ainda não se têm estatísticas de quantos pessoas sofrem com o mal. A associação tem o objetivo de amparar os pacientes e lutar por políticas públicas que favoreçam os doentes.
Há 8 anos, Helenice Inocêncio descobriu que tinha uma das doenças. Mas antes disso passou por duas cirurgias e chegou a pensar que estava com câncer. Depois de muitos exames, um médico a encaminhou para um especialista. Só então Helenice conseguiu fazer o tratamento e voltar a sua rotina normal. “Poucos médicos conhecem a doença, o que dificulta no diagnóstico”, fala.
Segundo a médica Heda Santos Amarante, da Sociedade Paranaense de Gastroenterologia e Nutrição, os sintomas das duas doenças são parecidos: diarréia, dores abdominais intensas, febre, perda de peso e de apetite. Às vezes sangramento retal. O problema ainda não tem cura, mas são usados medicamentos que ajudam a melhorar a qualidade de vida dos pacientes.
A doença foi descoberta há pouco tempo. Ela é comum na Europa e aqui no Brasil se concentra mais na região Sul. “Ela aparece em regiões mais desenvolvidas. Pode estar ligada ao estilo de vida, à alimentação e ao estresse”, fala a médica. Os medicamentos que ajudam a controlar a doença são caros. Mas aqui no Paraná eles são distribuídos gratuitamente pela Secretaria Estadual da Saúde. Quem quiser entrar em contato com a associação pode ligar para (41) 244-4430.
