Cerca de 20 engenheiros e arquitetos da Cohab cruzaram os braços ontem em frente à empresa, na Rua Barão do Rio Branco. Profissionais reclamam que não recebem o piso das categorias. Segundo o engenheiro civil da Cohab Edson Roberto Franco, haverá novas paralisações na quarta e quinta. “E no começo do próximo mês poderemos fazer greve por prazo indeterminado”, avisa. “Brigamos pela valorização profissional. Os salários estão muito abaixo do piso nacional, mesmo comparados aos salários dos trabalhadores da Urbs”, conta o líder do movimento. Segundo os manifestantes, enquanto outras empresas de economia mista respeitam o piso de R$ 6.100, a Cohab paga R$ 4.020.
De acordo com Franco, há 20 anos a justificativa da Cohab para não haver aumento é a mesma: “a empresa não tem recurso, mas não dão nenhuma posição objetiva”. O engenheiro critica ainda que, para se chegar ao piso, o funcionário leva de 10 a 15 anos de carreira. Para Franco, isso desestimula a renovação no quadro de funcionários.
Os arquitetos e engenheiros da Cohab cuidam da urbanização, loteamento, habitação, pavimentação, esgoto, drenagem e regularização ambiental, além de controlar e fiscalizar as obras e também a liberação de pagamentos.
Complicado
A Cohab informou que está avaliando a pauta de reivindicações, mas alega que de imediato não será possível atender os pedidos. Segundo a companhia, a situação financeira é complicada, porque há décadas não dá lucro, impede reajuste salariais.