Em assembleia realizada na segunda-feira (27) os profissionais da Caixa Econômica Federal de Curitiba e região decidiram deflagrar greve por tempo indeterminado a partir desta terça-feira (28). Há pelo menos quatro semanas, os engenheiros, arquitetos, advogados e demais trabalhadores que compõe o quadro de profissionais do banco estão apontando para esta possibilidade, já que as negociações com a empresa para revisão do plano de carreira profissional não avançou.
Na última negociação entre o movimento sindical e a Caixa, realizada no dia 22 de abril, a empresa manteve distorções e exclusões em sua proposta de revisão da atual estrutura salarial da carreira profissional. Por exemplo, há profissionais com as mesmas atribuições, porém submetidos a planos de cargos e salários com distintas jornadas de trabalho (seis e oito horas) e tabelas salariais em condições desiguais.
Além disso, a proposta da Caixa não está alinhada com o incentivo para ascensão de carreira e valorização destes profissionais, essenciais para a implementação de programas habitacionais e obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) do governo federal. Como as negociações não avançaram, mesmo como uma paralisação de uma hora, no dia 30 de março, e de 24 horas, no dia 7 de abril, e a Caixa manteve uma proposta considerada insuficiente pelos profissionais, a greve foi deflagrada.
Os profissionais da Caixa Econômica em greve estão concentrados no prédio da sede II, na Rua Conselheiro Laurindo. A mobilização não traz impactos diretos no funcionamento de agências e demais unidades do banco na capital paranaense. Entretanto, o programa habitacional do governo “Minha casa, minha vida” e as obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) podem sofrer os efeitos da paralisação, já que os profissionais são os responsáveis pela análise de projetos, liberação e acompanhamento das obras.