Engenheiro aperfeiçoa objeto que voa e tira fotos

Se você estiver andando por Curitiba e visualizar um pequeno objeto voando pelas ruas e parques, não precisa se assustar. Pode ser mais um teste do quadricóptero desenvolvido pelo engenheiro de automação Samuel Carvalho Júnior. A construção de um veículo aéreo não-tripulado (Vant ou Drone, em inglês) para registrar fotografias e vídeos é a tentativa do curitibano de 42 anos de unir duas paixões: a experiência profissional e começar um novo negócio.

O veículo que começou a ser montado por Samuel há dois meses, com peças importadas da China e dos Estados Unidos, ainda é um protótipo. Mas mesmo sem um formato definitivo, chama a atenção. Quatro hélices de plástico, unidas por hastes de policarbonato e movimentadas por uma bateria de lítio, carregam uma câmera, que pode ser levada a até dois quilômetros de distância e 300 metros de altura. Tudo isso controlado por um controle remoto e um aparelho de GPS.

“Eu estava navegando na internet e me deparei com esse tipo de Vant”, conta Samuel. “Como sou apaixonado por fotografia e por aviação e trabalhei muito tempo com eletrônica, vi que podia juntar as três coisas em um só projeto. Ainda tem muito pouca gente mexendo com isso no Brasil e acho que é uma boa oportunidade”, diz o engenheiro, que também pilota aviões desde 2009.

A versatilidade é o que dá a Samuel a segurança de que o negócio pode dar certo. “Ele pode ser usado em jornalismo, cinema, mapeamento de imóveis e locais públicos, monitoramento ambiental, agricultura… Fotos aéreas que antes só poderiam ser feitas de helicóptero ou avião agora são possíveis a um custo bem menor. E como o Vant é bem menor e pode voar baixo, as possibilidades são imensas”, ressalta. Um dos poucos fatores que limitam o trabalho do veículo é o clima, já que não é possível operá-lo com chuva ou vento forte.

Próximo projeto é um octacóptero

Samuel, porém, já trabalha no projeto de um novo Vant, mais eficiente e seguro. “O próximo terá oito hélices de madeira. Será um octacóptero”, revela. “O atual carrega até 100 gramas. O outro levará até quatro quilos, poderá trabalhar com câmeras profissionais e fazer transmissões ao vivo. Em um aparelho de quatro hélices, se uma dela falhar, o veículo cai. Mas com oito ele fica estável até pousar, o que é importante se estiver carregando um equipamento fotográfico caro.”

Os Caçadores de Notícias conheceram o quadricóptero de Samuel em uma demonstração no Parque Bacacheri. E mesmo antes de decolar, o Vant já chamava a atenção de quem estava por ali. “Nunca tinha visto nenhum parecido. É muito legal. Dá para sentir o vento da hélice. Olhando assim. parece brincadeira, mas com certeza dá para usar para um monte de coisas”, disse o vendedor Fábio Alceu, de 28 anos, que largou o skate para observar a demonstração do Vant. Samuel concorda com o skatista. “Não é brinquedo nenhum. Se for, é de gente grande”, avisa.

Marco Andre Lima
Engenheiro apaixonado por fotografia e aviação une experiência em eletrônica com sonho de novo negócio e cria quadricóptero.
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