O Dia Mundial do Profissional da Enfermagem foi comemorado ontem por quase um milhão de profissionais no Brasil, sendo 40 mil só no Paraná. Uma das preocupações da presidente da Associação Brasileira de Enfermagem (Aben), Francisca Valda da Silva, é com a qualidade dos cursos e faculdades de enfermagem. Nos últimos dez anos dobrou o número de instituições que oferecem o ensino no País.
Francisca explica que a Aben tem discutido com o Ministério da Educação e outros órgãos a necessidade de fiscalizar melhor os cursos de enfermagem. O crescimento desordenado pode ter prejudicado a qualidade na formação dos novos profissionais. Para ela é necessário criar um instrumento de avaliação, mas diferente dos moldes do Provão. Ela também defende a implantação de uma carga horária de estágio maior. Outra luta da categoria é a aprovação da emenda constitucional que reduz a carga horária de trabalho de 40 horas semanais para 30. “É um trabalho muito desgastante, os profissionais estão em contato direto com os doentes”, diz.
A presidente da Aben-Pr, Simone Peruzzo, comenta que o tema da Semana Brasileira de Enfermagem, que começou ontem e vai até o dia 20 de junho, propõe uma análise da situação da categoria: “Um olhar sobre a prática da enfermagem, probabilidades e desafios da regulação social”.
Para Simone, o profissional da área ainda não tem o reconhecimento do seu trabalho na sociedade. A categoria foi homenageada ontem pela Assembléia Legislativa do Paraná.