Há alguns anos, Curitiba foi rotulada de Cidade Ecológica, muito em função da grande área verde que possui e pela quantidade de parques existentes por toda a cidade. A despeito dessa verdade, a cidade tem muitos problemas ecológicos a serem solucionados. "Como podemos chamar de ecológica uma cidade que tem 100% de seus rios mortos, problemas sérios de uso de solo e saneamento?", questiona Laura Jesus de Moura e Costa, executiva estadual da União de Entidades Ambientalistas do Paraná (Uneap).

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Essa e outras questões ambientais estão sendo debatidas desde ontem no 15.º Encontro Paranaense de Entidades Ambientalistas, realizado no Hotel Elo, em Curitiba. O evento reúne 35 entidades filiadas a Uneap, que atuam em favor da causa ambientalista no Estado. "Em todo o Estado, temos aproximadamente 150 entidades não governamentais atuando em defesa da preservação ecológica. Dessas, 40 são oficialmente reconhecidas pelo Ministério do Meio Ambiente", diz Laura. A falta de reconhecimento oficial não dá a essas entidades direito a recursos do ministério, o que acaba concentrando os investimentos em algumas poucas entidades. "São cinco ou seis, que nem estão no encontro, que conseguem se sustentar. O restante costuma viver pela causa, sendo auto-suficientes".

Além dos debates sobres as principais questões ambientais, o encontro vai servir para a escolha dos representantes que vão representar as entidades no Conselho Estadual do Meio Ambiente (Cema). Também está sendo realizada a normatização do Cadastro Estadual de Entidades Não Governamentais (Ceeng).

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