Em tempos onde o clima vem pregando algumas surpresas um tanto quanto trágicas, nada melhor então se antecipar para evitar danos maiores. Pensando nisso, a Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR) promoveu ontem uma série de palestras e seminários abordando o tema e o que fazer diante destes problemas.
Para o chefe de gabinete da Secretaria de Defesa Civil Nacional, Magno dos Santos Nunes, o Brasil ainda tem muito a melhorar, pois criou-se uma cultura de agir somente diante da tragédia.
“Infelizmente somos reativos em vez de pró-ativos. Algumas das tragédias que passamos poderiam muito bem ser amenizadas, com danos bem menores. Trabalhar apenas em sanar o problema é mais caro do que pensar em como preveni-lo”, avalia.
Porém, ele cita que algumas cidades já conseguem se antecipar a possíveis tragédias. “Em Petrópolis (RJ), a população que mora próximo dos morros fica atenta ao pluviômetro. Quando ele atinge uma determinada marca, é sinal que eles precisam sair dali imediatamente”, conta.
O coordenador regional da Defesa Civil da Região Metropolitana de Curitiba (RMC), tenente-coronel Fábio Mariano de Oliveira, informa que alguns municípios da RMC contam com um plano para situações de grandes emergências.
“Nós temos o Plano de Auxílio Mútuo, que atinge as cidades de Curitiba, Araucária, São José dos Pinhais e Campina Grande do Sul. A de Araucária, por exemplo, funciona muito bem, pois 48 empresas estão participando deste trabalho”, afirma.