Encontrado corpo do empresário desaparecido

Sepultado ontem, em Cachoeirinha (RS), o empresário Adílio João dos Santos, 56 anos, que estava desaparecido há 15 dias. Ele pilotava um helicóptero e seguia para São Paulo, mas a aeronave, que faria uma escala em Ponta Grossa, se chocou com o pico de um morro, em Laranjeiras, a 37 quilômetros da cidade de Taió, no Alto Vale do Itajaí (SC). O corpo foi resgatado na madrugada de ontem. Como o lugar é de difícil acesso, os bombeiros caminharam durante cinco horas para chegar ao local do acidente. Eles percorreram seis quilômetros no meio da mata até encontrar o corpo de Adílio.

 A aeronave bateu no pico de um morro e com o impacto o piloto foi arremessado a cerca de 500 metros. Ainda de madrugada, o corpo foi enviado para o Instituto Médico Legal (IML) de Rio do Sul, sendo posteriormente liberado.

Adílio havia saído às 8h do dia 31 de março de Cachoeirinha, Região Metropolitana de Porto Alegre (RS), pilotando o helicóptero modelo Robinson 22, prefixo PP-MAK. O destino final era Ribeirão Preto (SP). Lá a aeronave iria passar por uma revisão. Mas antes de chegar a São Paulo o piloto teria que fazer duas escalas para abastecer o veículo. A primeira foi concluída em Lages (SC), às 10h20.

Dez minutos depois estava no ar e seguia para Ponta Grossa, região dos Campos Gerais, para a segunda escala, mas o piloto não chegou ao Paraná. Às 13h30 do mesmo dia, o empresário foi dado como desaparecido e as buscas iniciaram por terra e ar. Uma semana depois, sem qualquer pista do paradeiro do piloto, a família resolveu oferecer R$ 10 mil como recompensa para quem ajudasse a encontrar Adílio. Mas o excesso de falsas informações atrapalhou as buscas. As autoridades de nove cidades na região do Parque Nacional da Serra de Itajaí não paravam de receber ligações que não resultaram em nada. Só às 14h30 da última quinta-feira os moradores da localidade de Taio encontraram os destroços do helicóptero e o corpo do empresário. As buscas foram mantidas durante os últimos 14 dias por terra, pelos rios da região e pelo ar.

Adílio era natural de Porto Belo (SC). Tinha 56 anos, seis filhos, e era divorciado. Atualmente morava em Porto Alegre. Era diretor-proprietário do grupo MBN, de Cachoeirinha (RS), que inclui a MBN Produtos Químicos, Farmaquímica Industrial e Sigmasul, de suprimentos para laboratórios. Pilotava helicópteros há cinco anos. A Agência Nacional de Aviação Civil retirou os destroços ontem, para iniciar a investigação sobre a causa do acidente. 

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