Terminou a greve dos funcionários da Urbanização de Curitiba S/A (Urbs). Eles aceitaram a proposta apresentada ontem pela empresa: reajuste de 8,5% para quem ganha até três salários mínimos. A medida beneficia cerca de 80% da categoria. Os demais só vão ter a reposição da inflação, 6,6%. A proposta de aumento do vale-alimentação foi mantida em R$ 286,00. Os funcionários ficaram dois dias parados, neste período nenhum agente de trânsito saiu às ruas para fiscalizar o trânsito.
Depois de três horas de negociação na sede da Prefeitura de Curitiba a empresa e os funcionários chegaram a um acordo. Na última quinta-feira a direção do sindicato havia aceitado a proposta de 8% de aumento negociada na Delegacia Regional do Trabalho (DRT), mas ela acabou sendo rejeitada durante a assembléia feita pelos trabalhadores.
Ontem os funcionários continuaram a greve e conseguiram aumentar o reajuste proposto em meio por cento. Segundo o presidente do sindicato da categoria, Valdir Mestriner, os trabalhadores estão satisfeitos. ?Conseguimos um aumento real de salário e foram aprovados vários pontos que melhoram as condições de trabalho?, disse. O presidente da Urbs, Paulo Schmidt, também achou que as negociações foram positivas. ?Vamos fazer alguns ajustes na empresa e será possível cumprir o acordo sem ter que aumentar a arrecadação da Urbs?, avaliou.
Os trabalhadores também acabaram concordando com o reajuste do vale alimentação de R$ 286,00. No início eles queriam R$ 320,00, mas a Urbs oferecia R$ 277,00. Os trabalhadores também defendiam a implantação de um plano de cargos e salários e pagamento de adicional por insalubridade e periculosidade. No entanto, não foram atendidos.
Durante a manhã de ontem os grevistas ficaram concentrados em frente à sede da Urbs, na rodoferroviária. Durante a tarde seguiram em passeata até a Prefeitura de Curitiba para esperar pelo resultado da negociação.
